O produtor rural Arthur Orletti Sanders destaca que municípios do norte capixaba estão se tornando referência na produção de trigo e soja, além de feijão. Ele afirma que, junto com mais quatro produtores, houve uma primeira experiência com o plantio de trigo em 2021. Na época, o grão foi plantado em 50 hectares e a produção total da safra foi de 135 toneladas.

“As sementes para um novo plantio chegaram hoje. O pontapé inicial para a safra deste ano será dado agora” – frisa o produtor pinheirense.

Conforme Arthur, o plantio de trigo deve ser feito nessa época do ano –Outono e Inverno— quando ocorrem as maiores diferenças entre a hora mais quente do dia e a mais fria. As temperaturas têm variado entre 33ºC ao dia e 18ºC à noite na região. “Essa diferença é primordial para o sucesso da cultura” – enfatiza.

Ele ressalta que em 2022 não foi possível fazer o plantio de trigo porque o maquinário adquirido para melhoria e rendimentos da produção não foi entregue em tempo. No entanto, no ano passado ele investiu no plantio de soja e milho.

Leia também:   Poeta mateense versa sobre memórias e transforma histórias de vidas em poesia

“Esse ano vamos plantar trigo e feijão, agora no Inverno, pular de 50 hectares cultivados para 350 hectares. Vamos plantar 120 hectares e o Vitor, produtor e colega, 230 hectares. Acredito que o Vitor deva plantar primeiro. Agora estou colhendo café e preciso parar para colher uma área de milho, liberar o terreno para plantar o trigo. Não é tão rápido assim. A expectativa é colhermos em torno de 500 toneladas” – salienta.

 

Adaptação e mercado

Arthur explica que, graças à qualidade das sementes desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi possível trazer a produção de trigo para o norte do Espírito Santo.

“Antes, o cultivo ficava concentrado somente no Sul do País. Mas a Embrapa tem um desenvolvimento muito bom de semente de trigo, o que possibilitou a produção em outras regiões. Hoje temos trigo no oeste baiano, Centro-Oeste e outros estados do Nordeste. No Estado, o plantio em grande escala se concentra em Pinheiros, Montanha e Mucurici” – reforça.

De acordo com o produtor, por ser uma cultura nova no estado, a produção deve ficar toda para o consumo interno. Ele que existe um moinho muito grande em Vitória e que a produção deverá ser comercializada no Estado. E incentiva outros produtores a diversificar a produção.

Leia também:   Poeta mateense versa sobre memórias e transforma histórias de vidas em poesia

“É um negócio tão bom, com tanta liquidez, que até empresas do Nordeste têm interesse em comprar [a produção]. Só que nosso interesse maior é comercializar com empresas do Estado” – complementa.

 

Foto do destaque: Arthur Orletti Sanders / Divulgação

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here