Presidente do Sistema Findes, Léo de Castro assumiu esta semana a presidência do Conselho Temático de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico (Copin) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No último encontro do ano, segunda-feira (26), o grupo debateu propostas para os primeiros 100 dias do novo Governo Federal, como a continuidade das políticas industriais e a atuação desenvolvimentista do BNDES.

“Políticas industriais não são incentivos para setores com baixa competitividade, mas uma ferramenta para reduzir assimetrias do Brasil com o resto do mundo”, argumentou Léo de Castro. “Produtividade, indústria 4.0, inserção nas cadeias globais de valor e comércio exterior são temas que exigem persistência e mostram que ainda há muito a ser feito em favor do fortalecimento industrial do País”, detalhou o presidente do Copin.

O secretário-executivo do Conselho, João Emílio Gonçalves, defendeu uma visão mais ampla das políticas industriais no País. “Qualquer ação que promova o desenvolvimento do setor é uma política industrial. Há exemplos de políticas com métricas e método, como o Brasil Mais Produtivo, que atendeu mais de três mil indústrias e registrou ganho médio de produtividade de 50%” – lembrou Gonçalves.

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CEM DIAS

Apresentada pelo diretor de Políticas e Estratégias da CNI, José Augusto Fernandes, a “Agenda dos 100 Dias” lista 36 propostas prioritárias em dez áreas centrais para o Governo Federal. O equilíbrio fiscal, vinculado à reforma da Previdência, e a melhoria do ambiente de negócios, especialmente por meio de uma reforma que simplifique o regime tributário, foram consenso entre os membros do Copin.

Segurança jurídica, crédito para capital de giro das empresas, maior participação do setor privado na infraestrutura, incentivo à inovação e desburocratização também foram questões abordadas pelo grupo. “A reforma da Previdência é uma questão-chave para frear o crescimento da dívida pública no Brasil, um ponto fora da curva quando nos comparamos aos países dos Brics”, citou Fernandes.

BNDES

O Copin discutiu também a atuação do BNDES em prol da produção nacional. “Que grau de prioridade terá o financiamento para exportação, inovação, indústria 4.0 e compra de máquinas no novo modelo de BNDES?”, questionou o presidente do Copin. “Temos de preservar os acertos, identificar o investimento feito para apoiar pequenas e médias empresas, e dar continuidade ao esforço de financiamento do setor”, enfatizou Léo de Castro.

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