CRISTINA CAMARGO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil resgatou na noite desta segunda-feira (22) a vereadora Lari Bortolote Marcon (Republicanos), 27, de Rio Novo do Sul, no Espírito Santo. Ela havia sido sequestrada na manhã do mesmo dia em um sítio de sua família.

Conhecida como Lari Camponesa, ela é a única vereadora trans do Espírito Santo. Foi eleita em 2020 com 266 votos na cidade de onze mil moradores localizada a 114 km de Vitória.
O cativeiro em que a vereadora estava sendo mantida fica na região de Ubu, em Anchieta. Duas pessoas foram presas.

A informação sobre o resgate foi divulgada pelo governador Renato Casagrande (PSB). Segundo ele, os policiais agiram durante todo o dia até localizarem a vereadora. Casagrande não deu detalhes sobre o que aconteceu.

Segundo ele, a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil vão falar sobre o caso. As investigações foram conduzidas pela Delegacia Especializada de Antissequestro e pela Superintendência de Polícia Regional Sul.

A advogada Fayda Belo, especialista em crimes de gênero e feminicídios no Espírito Santo e amiga da vereadora, disse que Lari estava no sítio com o pai e outro familiar quando o local foi invadido por homens armados. Todos foram amarrados, mas apenas ela foi colocada em um carro pelos criminosos e levada para local desconhecido.

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Durante o dia, a advogada pediu ajuda para Lari ser encontrada. “O Brasil é o país que mais mata mulheres trans no mundo. Não queremos que Larissa integre essa cruel estatística”, disse.

Mais tarde, Fayda comemorou a localização da amiga. “A polícia acabou de encontrar a Larissa e com vida. Ela está viva”, afirmou.
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Colaborou Matheus Moreira

 

Foto do destaque: Reprodução

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