Com período chuvoso e temperaturas mais elevadas com a proximidade do Verão, cresce a preocupação com o aumento de casos de dengue. Em São Mateus e em todo o Espírito Santo a incidência da doença é baixa, conforme relatam as secretarias municipal e estadual de Saúde.
Enfermeiro da Vigilância Epidemiológica de São Mateus, João Cola detalha que neste mês de outubro, até a manhã desta terça-feira (25), foram notificados 60 casos suspeitos e sete confirmações no Município. No mês de setembro, foram 96 notificações e 10 casos confirmados.
Os dados de outubro e setembro indicam uma queda no número de notificações em relação aos meses anteriores, com exceção de janeiro. No primeiro mês do ano foram 15 notificações e quatro casos confirmados. Em fevereiro a quantidade começou a aumentar, sendo 58 notificações e 20 confirmados.
Essa tendência de alta seguiu em março, com 114 notificações e 31 casos confirmados. O mês de abril foi quando teve a maior incidência de dengue neste ano em São Mateus, sendo 372 notificações e 122 casos confirmados.
A partir de maio, iniciou uma tendência de queda, quando foram registradas 233 notificações e 48 casos confirmados. Em junho foram 103 notificações e 21 confirmações. Já em julho, foram 75 notificações e 30 confirmações.
João Cola detalha que os meses de fevereiro, março, abril e maio são aqueles que normalmente apresentam mais quantidade de casos, por serem períodos de chuvas. “Em novembro e dezembro, também meses de chuva, as notificações podem subir”, ressalta.
Ele frisa que em caso de sintomas, as pessoas precisam procurar o serviço de saúde mais próximo. Ressalta que nem toda suspeita se concretiza como dengue, pois os sintomas são parecidos, por exemplo, com a síndrome gripal, com o paciente apresentado febre e dor no corpo.
Vigilância intensifica ações
Apesar dos números mostrarem uma tendência de queda nas notificações de dengue no Município, o trabalho da Vigilância Ambiental em Saúde foi intensificado, segundo o coordenador Leones Arezzi.
Ele detalha que, em períodos de chuva, como o atual, além das equipes manterem o trabalho de identificação de focos e controle do mosquito transmissor, o aedes aegypt, estão sendo realizadas ações de orientação e conscientização nas escolas.
ESPÍRITO SANTO
A Secretaria Estadual da Saúde relata que o quadro de dengue no Espírito Santo e de outras arboviroses –doenças causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos– é de estabilidade. “Além disso, em relação à dengue, no momento, não há municípios com alta incidência de casos”, frisa.
SESA DÁ DICAS PARA EVITAR A PROLIFERAÇÃO DO MOSQUITO
A Secretaria Estadual da Saúde apresenta dicas para a população evitar os focos de aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue:
. Caso não tenha colocado areia e acumulou água no pratinho de planta, a pessoa deve lavá-lo com escova, água e sabão uma vez por semana. Deve colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada, além de não jogar lixo em terrenos baldios.
. As pessoas devem lavar os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes e baldes por dentro com escova e sabão.
. Não se deve deixar a água da chuva acumulada sobre a laje.
. Embale para recolhimento todas as garrafas pet e de vidro vazias que não for usar. As garrafas de vidro não descartadas devem ser guardadas de boca para baixo ou em local coberto.
. Manter bem tampados tonéis e barris de água.
. Caso a pessoa tenha vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso principalmente por dentro com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana.
. Encher de areia até a borda os pratinhos de vasos de plantas.
. Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos e garrafas vazias.
. Entregar os pneus velhos aos serviços de limpeza urbana. Caso realmente precise mantê-los, guarde-os em local coberto.
. Remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas. Manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana.
. Manter a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada. Lavar semanalmente por dentro com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água.
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Fonte: Secretaria da Saúde do Espírito Santo.
