A pedagoga Maria da Penha Rocha Santos é capixaba, natural de Aracruz, mas reside em São Mateus há 42 anos. No município fez e faz a diferença e a revolução, no coração e na vida de muitas pessoas, principalmente dos mais necessitados, daqueles que têm pouco acesso à arte, cultura e boa educação.

Penha é uma das fundadoras do Centro Cultural Araçá, organização sem fins lucrativos que visa contribuir para a formação cidadã de crianças, adolescentes e jovens da cidade de São Mateus.

Fundado em 1994, o projeto veio de encontro ao desejo de Penha de associar o conhecimento adquirido no curso de Pedagogia, enquanto acadêmica no então polo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em São Mateus, com assistência e acolhimento de crianças. “Sempre quis voltar o meu conhecimento para o público mais necessitado. Os que têm pouco acesso à arte e à cultura, para dar oportunidades de melhorar de vida. O Araçá surgiu dessa ideia”.

Casada com Antenor Monteiro, Penha é mãe de três filhos: Larissa, Isabela e Reno. Ela relata que não foi um sacrifício conciliar a vida pessoal com a universidade e posteriormente o projeto. “Quando você faz com amor e determinação, consegue. Tive, e ainda tenho o apoio da família, dos amigos e dos parceiros que conseguimos ao longo dos anos. A minha família foi ampliada, de cinco passou a ser muito mais numerosa”.

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Após 24 anos dedicados a fundação e, é claro, às crianças, Penha continua presente no projeto e ativa nas ações. Aos 67 anos de idade, e continua ajudando o Araçá, buscando recursos, fazendo parte do conselho, viabilizando meios de sobrevivência para o Centro.

“A gente nunca para de sonhar”

Questionada sobre qual sonho que ainda tem e gostaria de ver realizado neste Dia Internacional da Mulher, mais uma vez Penha coloca o projeto que guiou toda a sua vida em evidência. “Quero ter saúde para continuar contribuindo. Desejo que o Araçá continue vivo e contando com o apoio da sociedade mateense para podermos continuar ajudando as pessoas. A gente nunca para de sonhar. Sonho com uma sociedade mais justa, mais igualitária, para ficar para os meus filhos, netos, para as pessoas que eu gosto, para a família que criei”.

Penha sempre contribuiu para que a sociedade seja mais igualitária. Na condição de mulher, mãe, orientadora, comemora as conquistas alcançadas até aqui. Defende ainda que as mulheres podem ir além e conquistar muito mais.

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“Estamos presentes em todos os campos, embora ainda falte um pouco de reconhecimento. Mesmo assim as mulheres atuam em todas as áreas. Capacidade a gente sabe que tem. O mercado de trabalho está mais aberto, mas precisa melhorar. Já ocupamos cargos de chefia, mas ainda falta reconhecimento do trabalho. É um processo, mas vamos chegar lá”.

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