Uma Parede de Memória foi inaugurada na Escola Estadual Pio XII como fruto da junção de dois projetos desenvolvidos com alunos do 6º ao 9º ano em parceria com a Secretaria Estadual da Cultura (Secult), Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).
De acordo com a professora de História e coordenadora do projeto, Prisciliana Costa Ventura, o objetivo é fazer com que haja o resgate da história do Município de São Mateus e do seu povo junto aos estudantes.
Ela explica que o ponto de memória está vinculado ao desenvolvimento de dois projetos intitulados: Raízes Mateenses nas fotografias: Construindo a Parede da Memória e De centro a periferia: O processo de segregação espacial do Sítio Histórico Porto de São Mateus. Além da professora Prisciliana, também participou da coordenação do projeto a professora de Geografia Ana Carolina de Melo Loureiro.
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“Nossa Parede da Memória é resultado da junção dessas pesquisas. A primeira buscou em memórias cotidianas, de moradores do entorno da escola e de bairros distantes, reconstituir a história local registrando memórias e fotografias. Já a segunda pesquisa teve como objetivo compreender a história do Sítio Histórico Porto de São Mateus por meio de entrevistas com moradores, aproximando os estudantes desse local” – afirma a professora Prisciliana.
De acordo com ela, o ponto de memória conta com histórias contadas por 36 pessoas, registradas em fotografias e memórias, mas que a ideia é chegar a 100.
VISITAÇÃO
A professora destaca que o local está aberto para visitação mediante agendamento, tanto para visitas individuais quanto em grupos, por exemplo, de estudantes de outras escolas.
“As visitas podem ser agendadas pelos telefones 3763.6118 e (28) 9.9901.7558 (whatsapp), ou pelos e-mails [email protected] e [email protected].
Prisciliana ressalta que o projeto foi realizado por estudantes chamados de jovens pesquisadores. Eles entrevistaram, fotografaram e pesquisaram sobre as raízes de São Mateus.
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Participaram do projeto Kiara Moreira Amorim; Geovana Ronchi Malverde; Samara Nascimento Candeia Caldonazi; Eloá Cristina Carlos Botelho; João Ryan Matos Pereira; Larissa Galter Jorge; Thales Coimbra dos Santos; Josué Rosel de Sá; Ana Carolina Bispo da Rocha Santos Santa Rosa; Sara Costa Pereira; Bárbara Moreira Amorim; Brunieli Lidgerio de Sena; Christian Alifer da Silva Maciel; Shayane Nascimento Candeia Caldonazi.
“As pessoas que entrevistamos não aparecem nos livros didáticos”
Josué Rosel de Sá é um dos jovens pesquisadores e segundo a professora Prisciliana, ele foi um dos destaques. O estudante tem 14 anos e cursa o 9º ano do ensino fundamental. Morador de Guriri, ele destaca a importância do projeto que lembra as pessoas que ajudaram a cidade a ser construída.
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“As pessoas que entrevistamos não aparecem nos livros didáticos, nos livros da escola. As pessoas pensam que a história só é feita com grandes heróis e não pelo povo. Fiz entrevistas, procuramos as pessoas. Acho que isso vai me ajudar nos projetos futuros. Me deu experiência para fazer o que a gente faz hoje e pensar no amanhã” – frisa.
TRABALHO EM GRUPO
Para Ana Karolina Bispo, desenvolver o projeto em parceria com estudantes de outras séries foi importante para a vivência acadêmica dela. A aluna é do 9º ano e mora no Centro. “Foi uma ótima experiência. O trabalho em grupo, o movimento de entrevistar pessoas, foi muito importante para a minha vida acadêmica. Convivi com alunos de todas as séries, pessoas bem mais novas e da minha idade. Foi legal essa troca que a gente teve e todos ajudaram da mesma forma” – frisa.
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Ana Karolina destaca ainda uma viagem à Vitória que fez junto com toda a equipe de jovens pesquisadores onde tiveram a oportunidade de conhecer pontos de memórias da capital. “Conhecemos lugares parecidos com a nossa Parede da Memória. A pesquisa foi muito importante porque eu não conhecia muito sobre o município de São Mateus, sobre a cidade, cultura. Com o projeto entrevistei muitas pessoas importantes para São Mateus” – reforça.
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