EDER TRASKINI E LUCAS MUSETTI PERAZOLLI

SANTOS, SP (UOL-FOLHAPRESS) – O Palmeiras receberá 17,5 milhões de euros (R$ 97,4 mi, na cotação atual) neste mês de janeiro pela venda de Endrick. Os outros R$ 97,4 milhões serão pagos pelo Real Madrid (ESP) em janeiro de 2024. O contrato ainda prevê bônus de até 25 milhões de euros (R$ 139 mi) por metas alcançadas.

Foto: @endricki / instagram

Totalizando os 30% dos direitos econômicos pertencentes ao atleta e o pagamento de impostos de responsabilidade do Real, a operação totaliza 72 milhões de euros (R$ 400 mi). E como o Palmeiras utilizará a sua parte do dinheiro?

O Palmeiras afirma que não está nadando em dinheiro por causa de Endrick. Os R$ 100 milhões de agora não serão usados totalmente para reforços.

O Verdão vai ao mercado, principalmente para substituir Danilo, mas alega que segurou atletas importantes nas últimas janelas de transferências, fez investimentos e renovou contratos caros, como os de Gustavo Gómez e Dudu.

Há ainda alguns compromissos previstos, como a parcela de 1 milhão de dólares (R$ 5,1 mi) ao Penãrol (URU) por Piquerez.

A presidente Leila Pereira pagará dívidas de curto e médio prazo, organizará o fluxo de caixa e trará poucos reforços para tentar manter o Palmeiras na briga pelos principais títulos.

“Eu não sou irresponsável. Vou comprar o que nossa comissão técnica definir que é o melhor para o Palmeiras. O torcedor vê as vendas, e detalhe, como toda venda, o pagamento não é à vista. É parcelado. Não vai entrar todo o valor e o Palmeiras tem percentual do jogador, não é a totalidade que vem para o clube. Só vou comprar o que for bom para o Palmeiras”, disse Leila.

PRESSÃO AUMENTA

Quando viu Gustavo Scarpa assinar um pré-contrato com o Nottingham Forest (ING), o Palmeiras se antecipou e trouxe Bruno Tabata. Agora, o Forest levou Danilo por 20 milhões de euros (R$ 111 mi). E o Verdão tem pressa por um substituto. Matheus Henrique, do Sassuolo (ITA), é um dos alvos.

O Palmeiras prometeu ao técnico Abel Ferreira que irá repor a saída de Danilo. O Verdão utilizará parte da venda de R$ 113 milhões.

O português tem entre três e quatro nomes definidos para substituir o volante titular do Palmeiras nos últimos anos. Os alvos já estavam definidos mesmo antes da venda ser realizada.

Abel chama a prática de ‘equipe sombra’: três a quatro jogadores identificados, analisados e monitorados para cada posição da equipe na hipótese de haver urgência em repor uma peça de maneira imediata.

O QUE ESTÁ POR TRÁS?

A ‘equipe-sombra’ é definida pela comissão técnica de Abel e o analista de mercado do Palmeiras. A lista pode sofrer alterações com a retirada ou acréscimo de algum nome.

Abel tem por filosofia que a diretoria deve contratar jogadores para o clube, não para o técnico. A função dele, assim, seria indicar características que valoriza em cada posição, aprovar ou não indicações da direção e conversar diretamente com o jogador.

O Verdão não deve trazer mais do que um jogador. Abel prefere trabalhar com elencos enxutos, de 22 jogadores de linha mais três ‘jogadores-bolsa’ – jovens que sobem da base e ficam à disposição do profissional, mas ainda podem descer para ganhar minutos no sub-20.

CURIOSIDADE

Todo reforço que chega ao Palmeiras assina um contrato simbólico com Abel Ferreira. É uma novidade que o português implementou no Verdão com objetivo de explicar ao atleta os valores do clube, o que ele espera do novo reforço e o que o jogador pode esperar da comissão técnica.

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