A aposentada Eunice Souza disse que é o terceiro ano que vem de Vitória para atuar na limpeza de túmulos em São Mateus.

Desde o comércio de flores na porta do cemitério até os trabalhadores que auxiliam as famílias na limpeza dos túmulos, o Dia de Finados representa também uma oportunidade de renda extra para algumas famílias. Além de moradores de São Mateus, inclusive da zona rural, a Rede TC encontrou nesta sexta-feira no Cemitério do Centro uma aposentada, de 62 anos, que veio de Vitória exclusivamente para atuar em limpeza no cemitério. De acordo com Eunice Souza, influenciada pela irmã Lurde Pereira, de 54 anos, há três anos ela vem à Cidade para ganhar um dinheiro extra com a atividade.

As duas fazem uma espécie de sociedade. Tudo o que ganham, dividem igualmente. Lurde, que mora na zona rural de Jaguaré e limpa túmulos no Cemitério do Centro há nove anos, afirmou que há alguns anos já chegou a faturar R$ 1.800 no Dia de Finados. Segundo ela, no ano passado, junto com a irmã, faturaram R$ 500 cada. Lurde, que também trabalha na colheita de café e pimenta-do-reino, afirma que no início era apenas ela quem atuava na limpeza, mas, com o passar dos anos, foi convidando outras pessoas, como a filha, vizinhas e amigas. “Todo mundo ganha um pouquinho, né!”, exclamou.

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A filha de Lurde, Patrícia Tezolin, de 28 anos, casada e mãe de três filhos, trabalha em casa e ajuda na renda familiar atuando como manicure. No Dia de Finados, ela e a vizinha, Flávia Araújo, de 33 anos, que está desempregada, aproveitam para aumentar a renda. No caso de Flávia, é um dinheiro providencial neste momento, já que está em busca de um trabalho com renda fixa.

Segundo as mulheres ouvidas pela Rede TC, atualmente cerca de 10 pessoas trabalham na limpeza de túmulos no Cemitério do Centro. Os valores cobrados vão de R$ 10 até R$ 70.

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