Por meio da Promotoria de Justiça de Guaçuí e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul), com apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e da Polícia Militar, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Ouro Velho, no sul do Estado. Sete pessoas foram presas, incluídos dois secretários municipais e o presidente da Câmara de Guaçuí.

“As investigações, que tiveram início em dezembro de 2018, revelaram que os integrantes da organização criminosa se uniram para combinar editais, frustrar procedimentos licitatórios e divulgar dados sigilosos, tais como quem participaria das concorrências, quais as propostas feitas e quem ganharia o certame. Constatou-se que as fraudes às licitações ocorriam a partir da elaboração dos editais, para permitir a vitória das partes interessadas.

Há, portanto, indícios contundentes das práticas dos crimes de organização criminosa, fraude em licitação e peculato” – afirma a Assessoria de Comunicação do MPES, em mensagem à Rede TC.

“Por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, verificou-se que a Subsecretaria de Finanças, a Comissão de Licitação e a Presidência da Câmara de Guaçuí viraram um autêntico balcão de negócios para os envolvidos no esquema. O valor total do rombo aos cofres municipais de Guaçuí ainda depende das análises dos contratos apreendidos” – complementa o MPES.

De acordo com o Ministério Público Estadual, foram presos o subsecretário de Finanças Arivelton dos Santos, os secretários de Agricultura Edielson de Souza Rodrigues e de Educação Vanderson Vieira, o presidente da Câmara de Guaçuí Laudelino Alves Graciano Alves, o membro da Comissão de Licitação da Prefeitura de Guaçuí Jean Barbosa Soares e o auxiliar administrativo do Município Gilmar Luzente Coutinho, além do presidente da Cooperativa de Transportes de Alegre (Coopersules), o empresário Carlos Magno da Silva.

Os presos foram levados para os presídios de Viana e Marataízes.

“Os seis servidores municipais foram afastados dos cargos, até o final do processo. O secretário municipal de Saúde, Márcio Clayton da Silva, também foi afastado do cargo. Ele é réu nesse processo” – complementa o MPES.

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