CLAYTON CASTELANI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “É um cenário de guerra. Rio e mar viraram uma coisa só. Pessoas foram arrastadas pela enxurrada.” A descrição é da advogada Fernanda Carbonelli, moradora de São Sebastião, cidade do litoral norte paulista atingida por chuvas extremas na madrugada deste domingo (19).

A sede da ONG na qual Carbonelli atua, o Instituto Verdescola, está servindo base para o resgate de vítimas dos deslizamentos que atingiram a comunidade Vila Sahy. A região esta totalmente isolada, sem acesso por terra. “Estou com 17 corpos da minha comunidade lá dentro”, contou. “Há muitas crianças. Ainda tem muita gente soterrada aqui.”

Carbonelli afirma que os corpos estão em uma sala fechada, enquanto não chegam instruções sobre como serão realizadas as remoções. O primeiro helicóptero de resgate chegou ao local por volta das 16h e priorizou o transporte de um grupo de três feridos em estado grave.

Um segundo helicóptero não conseguiu pousar novamente no local e, com o cair da noite, a situação fica mais difícil, pois não há energia elétrica. “Não temos ideia da situação morro acima, achamos que tem muita gente nos escombros.”

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Foto: Sérgio Barzaghi/Governo do Estado de SP
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