GABRIEL ALVES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a pandemia de coronavírus batendo à porta, uma das questões que carecia de resposta é sobre a estabilidade do novo coronavírus, ou seja, quanto tempo ele consegue manter sua capacidade de infecção no ambiente.

A depender do material avaliado, o Sars-CoV-2 permanece íntegro por horas e até dias, aponta novo estudo, publicado na forma de pré-print (sem revisão por outros cientistas) na plataforma medRxiv no último dia 9.

Na forma de aerossol, ou seja, dentro de microgotículas no ar, a meia-vida do vírus, ou seja, tempo necessário para sua quantidade cair pela metade, é de 2,74 horas. Isso equivale a dizer que a quantidade de vírus chegaria a 1% da inicial em 18 horas.

Sobre superfícies como papelão, aço e plástico a quantidade de partículas virais demoraria 2,3, 3,6 e 4,4 dias para chegar a um centésimo da inicial, respectivamente.

Em comparação ao Sars-CoV-1, parente do novo coronavírus causador da síndrome respiratória aguda grave, que assustou o mundo entre 2002 e 2004, houve mais semelhanças do que diferenças. Só a sobrevida no papelão do novo patógeno é maior do que a do predecessor.

“Nossos resultados indicam que tanto a transmissão tanto por meio de aerossol quanto por objetos são plausíveis, já que o vírus permanece viável em aerossóis por horas e em superfícies por dias”, concluem os pesquisadores.

Participaram do trabalho pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, da Universidade de Princeton, da Califórnia (em Los Angeles) e dos Centros de Controles de Doenças do país.

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