JOÃO PERASSOLO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Milhares de caminhoneiros que transportam mercadorias entre os países do Mercosul ficaram presos nos últimos dias na Cordilheira dos Andes devido a uma tempestade de neve que deixou estradas e veículos cobertos de gelo e forçou os governos de Chile e Argentina a fechar boa parte dos acessos entre os dois países.

Nesta sexta (15), o Twitter da passagem internacional Cristo Redentor -um túnel de pouco mais de 3 quilômetros que conecta as nações, fechado há uma semana devido ao mau tempo- divulgou um vídeo no qual se vê as estradas brancas, cobertas de neve.

A situação não deve se alterar nos próximos dias: o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina alertou na quinta (14) que a previsão é de nevascas recorrentes e intensas. O acúmulo de neve pode chegar a um metro na região de Mendoza.

Depois de rodar 1.800 quilômetros e entregar uma carga de bobina de papel em Santiago, capital do Chile, o motorista gaúcho Márcio Rodrigues Alves fazia o trajeto de volta até Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, no sábado (11), quando em um trecho da cordilheira o tempo virou bruscamente -o sol fraco deu lugar à uma forte tempestade de neve.

“E ali nós [os caminhoneiros] ficamos. Ficamos dois dias dentro dos caminhões na cordilheira. A temperatura começou a baixar mais.” Em seus 15 anos de profissão, o motorista diz ter presenciado situação de nevasca semelhante somente uma outra vez, em 2008, na mesma região de agora, um trecho que se estende por 40 quilômetros.

Ele estima em 295 o número de veículos presos pela neve no lado chileno, com caminhoneiros bolivianos, paraguaios, argentinos, chilenos e brasileiros. Na Argentina, 2.800 caminhões não conseguem seguir viagem, segundo informações da imprensa local.
Rodrigues relata ter ficado sem comer nos dias em que não pôde sair da boleia, pois a baixíssima temperatura congelou o gás que ele usaria para cozinhar, a partir de uma caixa de comida do veículo.

Depois de rodar 1.800 quilômetros e entregar uma carga de bobina de papel em Santiago, capital do Chile, o motorista gaúcho Márcio Rodrigues Alves fazia o trajeto de volta até Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, no sábado (11), quando em um trecho da cordilheira o tempo virou bruscamente -o sol fraco deu lugar à uma forte tempestade de neve.

“E ali nós [os caminhoneiros] ficamos. Ficamos dois dias dentro dos caminhões na cordilheira. A temperatura começou a baixar mais.” Em seus 15 anos de profissão, o motorista diz ter presenciado situação de nevasca semelhante somente uma outra vez, em 2008, na mesma região de agora, um trecho que se estende por 40 quilômetros.

Ele estima em 295 o número de veículos presos pela neve no lado chileno, com caminhoneiros bolivianos, paraguaios, argentinos, chilenos e brasileiros. Na Argentina, 2.800 caminhões não conseguem seguir viagem, segundo informações da imprensa local.

Rodrigues relata ter ficado sem comer nos dias em que não pôde sair da boleia, pois a baixíssima temperatura congelou o gás que ele usaria para cozinhar, a partir de uma caixa de comida do veículo.

 

Foto do destaque: Fom Conradi/iShoot/Folhapress

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