De janeiro a maio deste ano, quase 50% da madeira que chegou à unidade industrial da Fibria em Aracruz veio pelo mar (39,9%) e por ferrovia (9,8%). O transporte rodoviário continua sendo importante, mas a participação dele vem sendo reduzida ao longo dos anos, ressalta a assessoria da Fibria, em mensagem à Rede TC.
“Um dos responsáveis pela boa performance da empresa no modal marítimo é o projeto de transporte de madeira em navios, por meio de navegação de longo curso. Iniciado em julho de 2015, o projeto embarca madeira no Porto de Rio Grande (RS) e desembarca no Portocel (Aracruz-ES). Desde que essa operação começou, mais de 100 navios já cruzaram o mar entre o litoral gaúcho e o capixaba transportando madeira para a Fibria” – complementa a assessoria.
No mês de maio, o transporte de madeira em navio alcançou uma marca histórica: 2 milhões de metros cúbicos transportados desde o início da operação. Para transportar essa quantidade de madeira por rodovia seriam necessárias 35 mil viagens de carretas do tipo tritrem (com três semirreboques). “A madeira oriunda do modal marítimo é extremamente importante para a Fibria e teve relevância ainda maior no mês de maio, quando o movimento deflagrado pelos caminhoneiros causou impacto considerável na linha de produção de muitas indústrias. Graças à multimodalidade de transportes, a Fibria manteve o ritmo da sua linha de produção”, destaca Luiz Geraldo Micheletti, gerente de Logística da Fibria para a região RS-MG.
A madeira vinda em navios do Rio Grande do Sul respondeu por 7% da matriz de transportes da Fibria nos cinco primeiros meses de 2018. Mas há uma fatia de outros quase 33% que também chegam pelo mar, em transporte feito por barcaças oceânicas que operam entre o Terminal Marítimo de Caravelas (BA) e o Terminal Marítimo de Barra do Riacho (Aracruz-ES). Em operação há 15 anos, esse sistema resgatou a navegação de cabotagem no país. Cada barcaça transporta madeira equivalente à carga de 100 carretas do tipo tritrem.
A Fibria traz pelos trilhos da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) madeira que vem do entorno de Sete Lagoas (MG). O transporte de madeira por ferrovia respondeu por 9,8% da matriz de transportes da empresa nos cinco primeiros meses de 2018 e a meta é chegar a 13% até o final do ano. O sistema opera com 330 vagões e a Fibria recebe, em média, 15 composições ferroviárias por mês..