Filas em portas de lojas, maior concentração de pessoas no Centro em horários de pico e quedas nas vendas são alguns problemas relatados por lojistas entrevistados pela Rede TC neste período de restrições impostos pela pandemia do novo coronavírus. E a solução, conforme alguns apontam, seria retornar ao funcionamento no horário normal, entre 8 e 18 horas. Alguns lojistas entendem que este horário possibilitaria ao consumidor se programar melhor para evitar aglomerações.

Em avaliações, comerciantes entendem que as medidas com restrições de horários seguem na contramão da proposta de evitar uma maior circulação de pessoas em áreas comerciais, já que limita o funcionamento de lojas num espaço curto de tempo durante o dia, entre 10 e 16 horas, ou seja, num período de seis horas. E alguns estabelecimentos comerciais estão proibidos, por decreto estadual e portaria municipal da Secretaria de Saúde, de funcionar aos sábados.

Comerciantes querem mais tempo para atender com mais tranquilidade a clientela.

PITICAS

Gestora da franquia Piticas em São Mateus, Edisilene Santos Zatta, conhecida como Silene, afirma que a queda nas vendas neste período de pandemia representa quase 50%. E um dos motivos para essa queda é o funcionamento em período condensado.

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Afirmando que as vendas no Dia dos Namorados foram boas, ela entende que, se o comércio funcionasse em horários alternados, ou retornasse ao normal, as vendas poderiam aumentar, já que as pessoas teriam mais tempo para as compras.

Silene credita também a queda nas vendas à opção do consumidor em comprar, neste momento, apenas o essencial.

Valdecir: “Se funcionasse normal, não teria essa aglomeração”.

O PAULISTÃO

Apesar de não ter notado queda nas vendas, o diretor comercial da loja O Paulistão, Valdecir Zancanela, afirma que o horário reduzido de funcionamento do comércio tem provocado um certo tumulto, com filas nas portas das lojas. Principalmente expondo pessoas de mais idade a longos períodos em pé. Com isso, essa clientela acaba desistindo e indo embora sem efetuar a compra.

Valdecir acredita que a medida de prevenção, com horário reduzido de funcionamento do comércio, está sendo pior. Segundo ele, no horário de 8 às 18 horas, o fluxo de pessoas poderia ser em menor quantidade, com os clientes podendo programar um horário para ir às compras. “Se funcionasse normal, não teria essa aglomeração”, justifica, acrescentando que deve haver um estudo para que se encontre uma solução melhor.

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Igor entende que não será possível recuperar os prejuízos dos últimos três meses.

Queda de até 50% nas vendas

Gestor de comércio atacadista, Igor Piumbini Melo avalia que devido à pandemia, desde março até os dias atuais, a USM Paper e a Graffit Atacado já registram queda nas vendas que variam de 40% a 50%. Ele afirma que atualmente o horário de funcionamento é de 8h às 17h, com uma hora de almoço.

Segundo o gestor, a influência maior na queda das vendas é a paralisação das atividades nas redes escolares, principalmente as públicas estadual e municipal. Ele frisa que, depois da volta às aulas, são as escolas municipais e estaduais os maiores clientes.

Igor avalia que somente após o retorno ao normal, quando voltar as aulas, e que poderá ter melhoras nas vendas, porém não conseguirá recuperar o que foi perdido.

CDL

A Câmara de Dirigentes Lojistas informou que enviou uma manifestação ao Ministério Público Estadual e ao Governo do Estado. No entanto, não deu detalhes sobre o teor da manifestação. Em resposta à Rede TC, a presidente da CDL, Rúbia Schueng, disse que está em repouso em casa e que nesta terça-feira (16) não poderia falar com a Reportagem.

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São Mateus-ES

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