Secretaria de Saúde de Jaguaré lança campanha de combate à doença e realiza ação de testagem na quarta-feira, 26; crescimento do número de casos preocupa sistema público de saúde no município; índices de sífilis adquirida já é maior que todo o ano de 2021

O mês de outubro marca o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que é celebrado no terceiro sábado do mês. Em jaguaré, a Prefeitura, por meio da Coordenação de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde realiza campanha de combate à doença no município.

As ações executadas pela Secretaria de Saúde, remetem à conscientização sobre a importância da realização de testes rápidos e exames de sangue, que são a forma mais fácil de diagnóstico da sífilis. As unidades básicas de saúde de Jaguaré oferecem e realizam os testes para a doença durante todo o ano.

Os números
Números da Secretaria de Saúde mostram que, em Jaguaré, até o dia 17 de outubro, foram realizadas 30 notificações da doença contra 36 em todo o ano de 2021. Um quadro, portanto, que gera preocupação à gestão de saúde no município, o que vai levar à realização de uma ação de testagem na quarta-feira, 26, entre 8h e 10h30, além do atendimento normal nas unidades de saúde, segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde de Jaguaré, Cristina Pezzin.

“A Secretaria de Saúde de Jaguaré realiza durante todo o ano testagem em todas as unidades de saúde. E, na quarta-feira, 26, iremos fazer uma ação de testagem na praça em frente à Prefeitura. Nessa ocasião, também faremos testagem para outras Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST’s. É muito importante que as pessoas façam esse esforço de preservação de sua saúde”, destacou Cristina.

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De 01/01 a 31/12/2021, 12 meses, foram registrados 17 casos de sífilis adquirida, 05 casos de sífilis congênita e 14 casos de sífilis em gestante. Já este ano, em menos de 10 meses, foram registrados 18 casos de sífilis adquirida, 03 de sífilis congênita e 09 casos em gestantes.

Prevenção:

A maneira mais segura de prevenir a doença é fazer uso de preservativos, femininos e masculinos durante todas as relações sexuais (inclusive anais ou orais) é a maneira mais segura de prevenir a doença; o acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.

A Secretaria de Saúde de Jaguaré orienta à população sexualmente ativa no município que, sempre que tiver relação sexual sem preservativo vá á a uma Unidade Básica de Saúde – UBS para fazer o teste. É preciso, também, estar atento aos sintomas da doença e, deve-se ter em mente que quando não apresenta sinais, ainda assim a pessoa pode transmitir a doença.

Foto: Secom- PMJ/Divulgação

Deve-se realizar o teste periodicamente em gestantes. O ideal é realizar o teste para diagnosticar a infecção no primeiro trimestre de gestação, no terceiro trimestre de gestação, e no momento do parto ou em casos de aborto. É muito importante também que o parceiro da gestante seja testado.

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TRANSMISSÃO:

A sífilis é transmitida por meio das relações sexuais sem proteção, sangue ou produtos sanguíneos (agulhas contaminadas ou transfusão com sangue não testado), da mãe para o filho em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita) e pela amamentação.

SINTOMAS:

Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença e se dividem em:

Sífilis congênita:

É a infecção transmitida da mãe para o bebê e pode ocorrer em qualquer fase da gravidez. O risco é maior para as mulheres com sífilis primária ou secundária. A sífilis materna, sem tratamento, pode causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Na maioria das vezes, porém, o bebê nasce aparentemente saudável e os sintomas aparecem nos primeiros meses de vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental, surdez e cegueira.

Sífilis latente:
Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis primária:

Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias, normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços dolorosos) na virilha.

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Sífilis secundária:

Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial:
– manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés;
– febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Sífilis terciária:

Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Os sinais são lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas. Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. O não tratamento da sífilis pode levar a várias outras doenças e complicações, inclusive à morte.

TRATAMENTO:

O tratamento é feito com antibióticos e deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais. A sífilis é uma infecção curável, com tratamento relativamente simples, mas pegar uma vez não promove imunidade. Nas formas mais graves da doença, como na fase terciária, o não tratamento adequado pode levar à morte.

Foto do destaque: Secom- PMJ/Divulgação

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