SEM EXPERIÊNCIA
O que os jovens mais se deparam ao sair de uma faculdade ou especialização para entrar no mercado de trabalho é com a exigência de experiência. Pensando nisso, o prefeito Daniel Santana enviou um projeto de lei para a Câmara de São Mateus, já aprovado e sancionado, que permite ao Município contratar até 20% das vagas disponíveis em designação temporária na área da Assistência Social de pessoas sem experiência comprovada. A iniciativa permitirá que a Prefeitura dê oportunidade a essas pessoas de acesso ao mercado de trabalho.

CORONAVÍRUS
Novamente, estamos em estado de atenção para o coronavírus. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, alertaram ontem para uma possível mudança no domínio das subvariantes Ômicron do SARS-CoV-2 em circulação no País. Segundo a Rede Genômica Fiocruz, a mudança pode significar o crescimento da linhagem XBB, que tem causado uma onda de infecções nos Estados Unidos. A linhagem BA.5 da variante Ômicron tem sido a dominante no Brasil desde meados de 2022, depois de ter superado outras subvariantes da Ômicron.

CONSIGNADO DO BOLSA FAMÍLIA
A Caixa Econômica Federal informou ontem que suspendeu a oferta de crédito consignado para beneficiários do Bolsa Família, a chamada linha Consignado Auxílio. Em comunicado, a Caixa disse que o produto passará por uma “revisão completa de parâmetros e critérios”. O antigo Auxílio Brasil voltou a se chamar Bolsa Família, na atual gestão. A suspensão já está valendo. Segundo o banco, as contratações já realizadas não passarão por mudanças e as parcelas do financiamento serão debitadas de maneira regular e de acordo com cada contrato. A preocupação do governo federal é com o endividamento da parcela mais pobre da população, que depende dos benefícios sociais para sobreviver.

BRASÍLIA
O Brasil acompanhou atônito os acontecimentos em Brasília no domingo, dia 8 de janeiro, onde um grupo de terroristas invadiu o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal, para depredar e tentar um golpe de estado. Conforme vimos, não vingou e os responsáveis foram presos e continuam sendo enquadrados na forma da lei. Muitos objetos, obras de arte, móveis e outros já foram recuperados. Mas há também diversas peças que não poderão ser restauradas. A decisão do governo de se criar um memorial com os objetos danificados foi bem recebida pela sociedade. É preciso olhar e lembrar desse triste episódio para que cenas reprováveis como essas não se repitam. Um povo que não conhece a história está fadado a repeti-la.

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

REPROVADO
Uma pesquisa feita pelo instituto Datafolha evidenciou que 93% dos entrevistados reprovaram as cenas lamentáveis que se viram em Brasília no fatídico 8 de janeiro. Alguns comentaristas políticos afirmam que essa consciência comum foi muito em função da ampla cobertura da mídia, que foi hegemônica em enquadrar os autores da forma que eles são: terroristas.

DESMOBILIZAÇÃO
O que se viu na sequência, além das providências judiciais, também foram as desmobilizações de acampamentos em frente a quartéis. Também foram desencorajados, pela antecipação das forças de segurança, novos atos convocados para esta semana em todo o Brasil. É preciso compreender que o cidadão tem todo o direito de protestar e se manifestar. No entanto, não existe amparo legal para aqueles que querem cometer crime de golpe de estado e atentado contra o estado democrático de direito. De forma didática, as pessoas têm o direito de não gostar da outra, mas é crime incentivar ou atentar contra a integridade física dela.

NOS ESTADOS
Os atos terroristas em Brasília repercutiram intensamente em todo o mundo e também nos estados brasileiros. Vários governadores, entre eles o capixaba Renato Casagrande, tomaram a iniciativa de organizar gabinetes de gestão de crise para antecipar providências diante de eventuais ameaças terroristas que possam ocorrer em seus territórios. Da mesma forma agiu o Ministério Público Estadual do Espírito Santo, que também tomou medida semelhante. E assim as instituições vão se organizando para assegurar a continuidade do regime democrático reiniciado em 1985, após o fim da ditadura militar.

A VIDA NA DITADURA
Quem viveu no período da ditadura, entre 1964 e 1985, sabe muito bem os tremendos prejuízos econômicos, sociais, políticos, educacionais e culturais deixados de herança por esse período vergonhoso da história brasileira. Além da censura à imprensa, e portanto a falta do direito à informação sobre o que acontecia no país, os governos militares eram extremamente intervencionistas na economia, que era controlada com mão de ferro. Para isso, manipulavam-se índices inflacionários, não havia liberdade para vários segmentos empresariais definirem os preços de seus produtos, repressão policial intensa sobre aqueles que ousassem discordar de qualquer medida do governo, proibição de abrir faculdades (o que criou o monstro do vestibular que impedia a maioria de fazer um curso superior). Não custa lembrar que no período da ditadura não existia o Sistema Único de Saúde (SUS) e quem não tinha dinheiro para fazer tratamento hospitalar muitas vezes morria na porta do hospital, se não conseguisse a caridade de alguém.

BOLSONARO
Gerou muito ruído o fato do ex-presidente Jair Bolsonaro, que viajou para os Estados Unidos antes de encerrar o mandato, ter mantido por 12 dias a informação desatualizada em suas redes sociais se identificando como presidente da República Federativa do Brasil. Nesta sexta-feira, ele alterou a informação, colocando 38º antes de presidente. Bolsonaro também tem gerado muito burburinho ao realizar anúncios que cabem somente ao chefe do Executivo Nacional, o que é visto como uma tentativa de usurpação da função. Está na hora de voltar à racionalidade.

CORREÇÃO
Uso este espaço para fazer a devida correção e justiça ao jornalista que cunhou o termo tecenauta. Ao contrário do que foi escrito na Reportagem “A TC se inscreve na história da nossa Cidade”, declara pedagoga sobre os 39 anos do jornal, publicada na página 6 da edição de quinta-feira, 12 de janeiro, e assinada por este repórter, o termo carinhoso foi sugerido pelo então repórter sênior da TC, Júnior Eler. O nobre jornalista Antonio de Castro, fundador e Diretor de Redação da TC por várias décadas, lembra que a expressão surgiu numa conversação jornalística com Júnior Eler, interagindo em torno de participações emocionantes de leitores através da seção de cartas e mensagens enviadas à TC para publicação. “A era digital estava começando, através da internet, e o jornalista Júnior Eler, vibrando com o alto nível de participação dos leitores internautas, saiu com esta: ‘Meu diretor, esses caras estão muito ligados, são, de verdade mesmo, TECENAUTAS!’ Então eu emendei de pronto: ‘É isto aí, meu caro Eler, a partir de agora, a seção Carta do Leitor está batizada de tecenauta!” – explicou Antonio a este escriba. Dessa forma, ficam aqui os devidos esclarecimentos e minha alegria em também ser um orgulhoso Tecenauta.

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