NOVOS GOVERNOS
Amanhã, o Brasil empossa os novos governadores estaduais e o novo presidente do Brasil. É o ápice do processo democrático de escolha, diretamente pela população, dos novos dirigentes da Nação. São esperanças que se renovam pela vontade da maioria em busca de um país melhor para se viver. É óbvio que as escolhas não agradam a todos, mas é assim que elas acontecem nas democracias consolidadas em toda a Europa e nos países desenvolvidos. É este o caminho que possibilita a convivência entre os diferentes pensamentos: o debate e ao final as escolhas.

Foto: Hélio Filho/Secom-GovernoES

GOVERNO FEDERAL
O presidente Lula tomará posse para um terceiro mandato envolto em desafios importantes. Um dos principais é reconstruir um ambiente de mais respeito institucional e de recuperação da autoestima da população, seriamente prejudicada pelas consequências da gestão da pandemia de covid-19, pela desorganização da educação e pelo empobrecimento. Não será nada fácil pelo ambiente belicoso que ainda persiste na cena política.

MINISTÉRIOS
Nem a composição de um ministério amplo, com representação de quase todos os partidos políticos, e com presença de setores progressistas e conservadores, permitirá a Lula ter um cenário tranquilo para aprovar suas propostas junto ao Congresso Nacional. As maiores dificuldades deverão estar na Câmara dos Deputados, onde as bancadas do Partido Liberal, de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, e do União Brasil, de ACM Neto e Luciano Bivar, deverão ser pedras no caminho. Também o presidente da Câmara dos Deputados, o alagoano Arthur Lira, deverá criar dificuldades para o novo governo, pois não ficou plenamente satisfeito com o arranjo do ministério e deseja mais espaços na administração Federal.

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NO SENADO
Na Câmara Alta, o presidente do Senado, o mineiro Rodrigo Pacheco, deve propiciar um cenário mais tranquilo para as propostas do governo central. Habilidoso, Pacheco fez um ministro no novo governo, o também mineiro Alexandre Silveira, senador em fim de mandato e que assumirá a pasta de Minas e Energia. Figuras tradicionais e com grande liderança naquela casa, os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho se somarão às lideranças petistas para garantir a governabilidade do novo governo no Senado Federal.

BOLSONARO
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro fez uma live praticamente se despedindo do governo. Em tom melancólico, reclamou de falta de apoio do Judiciário e de setores da Imprensa a seu mandato. Parece que, passados quatros anos de governo, ainda não compreendeu que cabia a ele fazer uma boa comunicação dos propósitos de seu governo, para conseguir angariar o apoio necessário a seus atos. E que o confronto com as instituições não o levaria ao sucesso. Ele parece ter se esquecido que, mesmo antes de tomar posse, seu filho Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal por São Paulo, deu uma declaração de que “seria necessário apenas um jipe e um cabo do Exército para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF)”. Ora, como pode um governante querer apoio e ao mesmo tempo fazer ameaças tão graves?

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NA ASSEMBLEIA
O mês de janeiro será de intensas articulações entre os deputados estaduais que comporão a Assembleia Legislativa a partir de 1º de fevereiro, quando tomam posse em seus mandatos. É que logo no primeiro dia, será eleita a nova Mesa Diretora do Legislativo capixaba. E a presidência da Assembleia é fundamental no esquema de governabilidade para Renato Casagrande, que toma posse novamente amanhã. Ao que tudo indica, três deputados devem brigar pela liderança máxima do Legislativo. Indo para seu sexto mandato consecutivo, o deputado Marcelo Santos está buscando a eleição para a presidência. Também o deputado reeleito Vandinho Leite deseja o mesmo cargo. E o novato Tiago Hoffmmann caminha nos bastidores com a mesma pretensão. A definição do ganhador passa naturalmente pela interlocução com o governador Renato Casagrande e com a oposição. As habilidades de cada pré-candidato a presidente em representar esses setores, e ao mesmo tempo garantir espaços de poder para os vários deputados, definirão as chances de cada um.

ESPECIAL DE NATAL
Em decorrência das várias pessoas que sofreram com a consequência das fortes chuvas que caíram incessantemente na região nos meses de novembro e dezembro, a Edição Especial de Natal do jornal Tribuna do Cricaré deste ano destacou o que deve ser o verdadeiro espírito natalino: a solidariedade. Foi o que vimos em muitas pessoas que doaram e se doaram para ajudar o próximo em São Mateus. Em pleno Natal, muitas famílias não tiveram o prazer de celebrar a vinda de Cristo em suas residências, dependendo da boa vontade e solidariedade de muitos. Fica a inspiração para que sejamos o ano todo solidários a quem necessita.

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PAPA
Consoante a este espírito de solidariedade, a mensagem de Natal do Papa Francisco seguiu nesta linha. Durante a exortação na Missa da Noite de Natal na Basílica de São Pedro, diante de milhares de fiéis e peregrinos provenientes de várias partes do mundo, o pontífice conclamou o mundo a ser solidário, afirmando que o Natal sem os pobres não é o Natal de Jesus: “Certamente não é fácil deixar o tépido calor do mundanismo para abraçar a nua beleza da gruta de Belém, mas lembremo-nos de que, sem os pobres, verdadeiramente não é Natal. Sem eles, festeja-se o Natal, mas não o de Jesus… Irmãos, irmãs, no Natal Deus é pobre: renasça a caridade!”

MUNDO DE INDIFERENÇA
O Papa lembrou também que o mundo atual anda cheio de indiferença com os mais pobres e os imigrantes, o que chamou de doença feia. Segundo Francisco, a indiferença não acolhe Jesus, mas, antes, o rejeita, como acontece a muitos estrangeiros e pobres: “Ignora-O como fazemos nós muitas vezes com os pobres. Hoje não nos esqueçamos dos numerosos deslocados e refugiados que batem à nossa porta à procura de conforto, calor e alimento. Não nos esqueçamos dos marginalizados, das pessoas sós, dos órfãos e dos idosos que correm o risco de acabar descartados, dos presos que olhamos apenas sob o prisma dos seus erros e não como seres humanos”.

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