SUBPREFEITURA EM GURIRI

A criação de uma subprefeitura em Guriri divide opiniões de mateenses. Para uns, é a oportunidade de levar mais investimentos para o balneário e de acompanhar com mais proximidade as demandas locais. Para outros, significa mais gastos e uma oportunidade de se criar penduricalhos na administração pública. Há até quem sustente a teoria de que seria um primeiro passo para a emancipação da Ilha de Guriri. De certo, a iniciativa da Câmara de São Mateus pode ser interpretada de uma única forma: o reconhecimento de que Guriri já está há vários anos em outro patamar e precisa cada vez mais de olhares atentos do poder público.

 

TURISMO

Durante a sessão itinerante da Câmara de São Mateus realizada em Guriri nesta semana, parlamentares e convidados falaram sobre os potenciais turísticos do balneário. O presidente do Legislativo Municipal, vereador Paulo Fundão, citou o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) como um instrumento importante para alavancar o desenvolvimento turístico de São Mateus. Já a vereadora Ciety, secretária da Mesa Diretora, sugeriu que o empresário do setor de entretenimento, Fabrício Buzetti, presente na sessão, seja um dos membros do Conselho. A ideia foi bem recebida, tanto pelo empresário, quanto pelos demais parlamentares. Proprietário do Planet Rock, Fabrício Buzetti é conhecido também pelos eventos realizados na Ilha, como edições do Encontro Nacional de Motociclistas, o Festival Guriri Rock’n’Blues, o Encontro Old Cars, dentre outros. “Quero contribuir com minha cidade no que sei e gosto de fazer, que é promovê-la através de sua história, cultura, seu povo e principalmente seus lindos cartões postais” – disse Buzetti.

SELFIE COM DANIEL

O prefeito Daniel Santana demonstra muito prestígio com os eleitores, principalmente dos moradores da periferia, aos quais comumente costuma lembrar em seus discursos. Nesta semana, esteve no Bairro Alvorada para entregar uma nova rua no bairro, que encurta em que quase dois quilômetros o acesso dos moradores à BR-101. Entre um cumprimento e outro, o prefeito posou para fotos com crianças. Diferenciado!

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JAGUARÉ

Jaguaré está dando passos largos no quesito segurança pública. Nesta semana, o governador Renato Casagrande anunciou que implantará uma companhia independente da Polícia Militar no Município. O prefeito Marcos Guerra aproveitou a deixa e já anunciou a nomeação do novo Gabinete de Gestão Integrada Municipal para a semana que vem. Nesta semana foram eleitos os novos membros do Conselho Municipal de Segurança Pública e Jaguaré já prepara o projeto de construção da nova sede da PM. Um município das dimensões geográficas de Jaguaré, que possui na agricultura a sua base econômica, realmente precisa de investimentos robustos na área da segurança pública.

 

COMPAROU BEM!

A CPI da Pandemia proporciona muitos momentos de tensão, com discussões aviltadas, troca de acusações e destemperos de alguns parlamentares. Mas também provoca situações hilariantes, como a ocorrida nesta semana durante o depoimento do deputado Ricardo Barros, que é o líder do governo na Câmara Federal. Ao passar a palavra ao senador Renan Calheiros, que é o relator da CPI, o presidente da Comissão, senador Omar Aziz, se confundiu e o chamou pelo nome de Randolfe –Rodrigues–, que é o vice-presidente da CPI. Logo tratou de pedir escusas e até arriscou comparar os dois senadores aos craques da Seleção Brasileira: “É tudo com R, é o Ronaldinho Gaúcho e o Ronaldo Fenômeno”. Logo, o senador Renan, não hesitou, arrematou no peito e mandou o balaço: “Comparou bem, senhor presidente!”

 

DESFILE EM BRASÍLIA

Qual mandatário, minimamente consciente, em plena crise da pandemia, com quase 600 mil mortes registradas, submeteria a nação a um desfile de veículos blindados, radicalizando as relações institucionais com os demais poderes e colocando em suspeição um sistema eleitoral sem apresentar provas de fraudes? O simbolismo está claro: joga medo e pressão na sociedade instrumentalizando politicamente as Forças Armadas que deveriam servir ao Estado, jamais ao governo, como reza a Constituição Federal. O resultado foi exatamente o contrário. No mesmo dia a Câmara dos Deputados enterrou a PEC que tratava do voto impresso. Quase em simultâneo, o Senado aprovou o projeto que revoga a Lei de Segurança Nacional.

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ROBERTO JEFFERSON

A prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e um dos aliados do presidente Jair Bolsonaro, é muito significativa no cenário político nacional, demarcando o que pode acontecer de agora em diante. O Supremo Tribunal Federal está demonstrando que os ataques às instituições não ficarão impunes. Há ainda, nas entrelinhas, a questão da queda de braço entre o STF e o procurador-geral da República, Augusto Aras. O Supremo vem cobrando o posicionamento de Aras em relação a processos que afetam o presidente Bolsonaro e pessoas ligadas a ele. No entanto, Aras vem demonstrando uma atuação omissa e tem sistematicamente descumprido prazos. No caso Jefferson, por exemplo, o ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para Aras se manifestar sobre a prisão, e como o procurador não cumpriu o prazo, não respondeu, Moraes determinou a prisão. Só depois disso que o procurador se posicionou contra.

 

A PRISÃO

A prisão de Roberto Jefferson foi pedida e efetuada pela Polícia Federal. Ele é acusado de atuar em milícias digitais na promoção de ataque às instituições democráticas e às eleições. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O ministro também determinou busca e apreensão de armas, munições, aparelhos eletrônicos e demais objetos que contribuam com a investigação contra o ex-parlamentar. Dentre os crimes listados por Moraes para decretar a prisão estão calúnia, difamação, injúria, associação criminosa, denunciação caluniosa, além de descumprimentos passíveis de pena dentro da Lei de Segurança Nacional e do Código Eleitoral. Há suspeita de utilização de dinheiro público do fundo partidário para promover ataques antidemocráticos nas redes sociais. Um dos vídeos com esses ataques contra o Supremo foi veiculado nas redes socais do PTB, partido do qual Jefferson é presidente.

 

ALEXANDRE DE MORAES

A informação que circula nos bastidores em Brasília é que a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de mandar prender o presidente do PTB, Roberto Jefferson, foi totalmente individual. Acontece que, comumente, antes de determinar a prisão de políticos, ministros do Supremo consultam os colegas previamente, até mesmo para saber se contam com o apoio do colegiado. No caso Jefferson, Moraes não fez isso. Segundo operadores do Direito, a situação agora é diferente das anteriores porque Roberto Jefferson não tem mandato ou cargo público. A informação que ronda na praça dos três poderes é que Moraes também não pretende levar ao plenário a ordem de prisão. Recentemente, o STF validou o inquérito no qual a prisão de Jefferson foi determinada. Nessa mesma investigação, foi ordenada a prisão do deputado Daniel Silveira, posteriormente avalizada pelo plenário.

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LUA DE MEL

O presidente deve ter muitos motivos para querer apagar essa sexta-feira 13 da memória. Também neste dia, veio à tona a notícia de que Michelle e Jair Bolsonaro tiveram passagens a Foz do Iguaçu, para lua de mel, bancadas pela Câmara dos Deputados. “Jair e Michelle se casaram no civil em Brasília, no dia 28 de novembro de 2007, uma quarta-feira. Sem alarde, rubricaram os papeis em um cartório na W-3 Sul, em Brasília. No dia seguinte ao matrimônio, o deputado e a esposa viajaram para Foz do Iguaçu. Pegaram um voo da companhia aérea Gol, com parada em Curitiba. Os bilhetes custaram R$ 1.729,24, em valores da época, quitados com a quota parlamentar –verba destinada a ressarcimento de gastos do mandato dos congressistas. Ou seja: foi a Câmara dos Deputados que pagou as passagens da viagem de lua de mel do casal, hoje formado pelo presidente Jair Bolsonaro e pela primeira-dama, Michelle” – assim registra trecho do livro Nas Asas da Mamata – A história secreta da farra das passagens no Congresso Nacional, publicado pela Editora Matrix, que será lançado na terça-feira (17).

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