SÃO MATEUS NA PANDEMIA

Os números da pandemia em São Mateus, entre os 10 municípios mais populosos do Espírito Santo, apresentam sempre os menores índices em termos proporcionais de quantidade de infectados e de mortos. Os dados de abril, por exemplo, em um dos piores momentos da pandemia no Estado, mostram que São Mateus teve a menor taxa de mortalidade (19,7) por 100 mil habitantes. Os demais municípios com população superior a 100 mil habitantes tiveram as seguintes taxas de mortalidade no mês de abril: Vitória (63,9), Vila Velha (62,9), Cariacica (57,6), Guarapari (56,7), Serra (47,4), Colatina (43,1), Linhares (26) e Aracruz (22,3).

 

IMBRÓGLIO DA 101

Nesta semana o Ministério Público Federal no Espírito Santo enviou nova recomendação ao Ibama para que a autarquia explique a demora na análise do pedido de concessão da Licença Ambiental referente à duplicação de parte do trecho norte da BR-101. Em seu despacho, o Procurador da República André Pimentel frisou que “não é exagero registrar que a ausência de duplicação de trechos produz, diariamente, mortes que seriam evitáveis”. Ele destacou ainda que o Ibama não tem permissão para adiar, de modo indefinido, a conclusão do licenciamento ambiental ignorando a realidade e o interesse público na agilidade da duplicação do trecho norte da rodovia.

 

DESDE 1950

Em seu despacho, o procurador fez questão de frisar que, ainda que existam dificuldades, excluindo aí a reserva biológica de Sooretama, “trata-se de área de uma Rodovia Federal que tem o mesmo traçado há décadas (desde 1950), razão pela qual causa espanto a demora e a solicitação de mais estudos”.

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PROPOSTA DA ECO101

Em reunião da Comissão Especial de Fiscalização da BR-101 realizada nesta semana pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo, a Eco101 se comprometeu a fazer contornos em três municípios (Fundão, Ibiraçu e Linhares) e propôs a não duplicar os 25 quilômetros da rodovia federal que cortam a Reserva Biológica de Sooretama, realizando a obra nos demais trechos. Essa foi a solução apresentada pela concessionária para resolver o imbróglio que envolve o licenciamento ambiental necessário para a duplicação do trecho norte da rodovia. A concessionária afirmou na reunião que a expectativa é que o Ibama dê uma resposta até julho deste ano.

 

O QUE DEU ERRADO?

Parafraseando essa peça que foi o Paulo Gustavo, quando olhamos pela janela e vemos o mundo de hoje, dá vontade de chorar diante de tantas mazelas. A pandemia que nos cerca trouxe desafios inimagináveis para a sociedade. O desemprego traz a fome e os preços no supermercado potencializam o caos. É uma derrota diária para nós, brasileiros, quando nos depararmos com o preço da carne de boi a 50 reais, com o gás de cozinha a 100 reais, com o litro da gasolina a 6 reais, com óleo de cozinha batendo nos 10 reais, já que Brasil é o maior produtor de proteína animal e de grãos do planeta e autossuficiente na produção de petróleo. O que deu errado?

 

PAÍS DO FUTURO

As inovações tecnológicas trouxeram um ganho notável para a agricultura e a pecuária brasileira. No mês de abril, o País bateu recorde de exportações com o melhor saldo da história para o período. É uma pena que a maior parte desse faturamento se concentre nas mãos de umas poucas multinacionais, verdadeiras gigantes do agronegócio, enquanto milhões sofrem nas fileiras da miséria, ou quando muito do assistencialismo social. Produzimos alimentos para o mundo, mas não somos capazes de alimentar o povo faminto, justo em um país em que a palavra patriotismo anda tão em alta.

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CARNE DE FRANGO

A carne que ainda cabe no bolso do brasileiro é a de frango. E ela deve sofrer uma queda de preços nos próximos dias, já que ontem, sem aviso prévio, a Arábia Saudita surpreendeu o governo brasileiro com a informação de que suspendeu a importação da carne de aves de 11 frigoríficos do Brasil. Esses estabelecimentos já garantiram que estão redirecionando a produção para outros mercados, sem citar quais. Espera-se uma avalanche de carne de aves no mercado interno.

 

SURPRESA!

Uma nota conjunta, assinada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Agricultura, afirma que a notícia foi recebida “com surpresa e consternação”. O governo brasileiro luta agora, inclusive na Organização Mundial do Comércio, para reverter essa decisão da autoridade sanitária do país árabe. A decisão foi unilateral tomada pelas autoridades sauditas, o que faz as autoridades daqui acreditarem em interposição de barreira indevida ao comércio brasileiro.

PROTECIONISMO

Especialistas do mercado afirmam que os sauditas já haviam manifestado a intenção de produzir o frango lá para abastecimento interno, o que indica que a decisão, sem maiores motivações, pode se tratar de uma medida protecionista. Dados do Ministério da Agricultura mostram que as exportações brasileiras de frango para a Arábia Saudita atingiram 120,8 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, alta de 8,5% ante o mesmo período de 2020, e representaram 12% do total embarcado de janeiro a março. O mercado já foi o principal destino da proteína do Brasil e perdeu o posto para a China em 2019, com o surto de peste suína africana no rebanho chinês.

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TORINO MARQUES

O deputado estadual Torino Marques está se notabilizando no cenário estadual pelo apoio aos setores culturais, especificamente os de evento. É dele a autoria dos projetos de lei que tornaram o Festival de Forró de Itaúnas como patrimônio cultural imaterial do Espírito Santo e a inclusão da festividade, que nasceu na Vila de Itaúnas, em Conceição da Barra, no calendário oficial de eventos do Estado. Presidente da Comissão de Cultura e Comunicação Social da Assembleia Legislativa, Torino Marques cumpriu agendas no norte do Estado nesta semana apresentando o projeto do Governo Federal para levar conexão de internet banda larga para comunidades em vulnerabilidade social. Quinta-feira, acompanhado do assessor Agnelo Neto, ele visitou o Diretor Geral da Rede TC de Comunicações, Márcio Castro.

 

CURIOSIDADE

O deputado estadual Torino Marques revelou uma curiosidade sobre o nome dele. “Segura essa: meu nome de batismo é Adonias Marques de Abreu”. Ele explica que ao iniciar a carreira no rádio, na década de 80, recebeu sábios conselhos do colega que identificou como Coelho, que lhe disse que o nome Adonias soava estranho. “Eu usava um boné da marca Torino. Pareceria que era o único boné que tinha. Então o Coelho me sugeriu adotar o nome. Na hora achei estranho, mas resolvi assumir e ficou. Hoje sou mais conhecido como Torino do que Adonias”.

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