. Trabalhadores na mão

É inadmissível que as agências do INSS continuem fechadas para atendimento ao público enquanto profissionais de outras instituições, como de bancos, comércio, hospitais e médicos, que continuam atuando na linha de frente no combate ao novo coronavírus, estão na ativa. Com isso, trabalhadores que necessitam do atendimento precisam recorrer aos serviços online, ou ao telefone 135, que nem sempre estão disponíveis ou dão muita dor de cabeça aos assegurados. Além disso, o aplicativo Meu INSS é complexo e não facilita a vida do trabalhador mais desacostumado com a tecnologia.

 

. Auxílio-doença

Os mais prejudicados com a suspensão do atendimento presencial do INSS são os trabalhadores que estão na fila do auxílio-doença. Uma moradora de Guriri que conseguiu o adiantamento de um salário mínimo, ou seja, R$ 1.045, não teve o benefício prorrogado automaticamente, conforme prometido pelo próprio órgão, e não consegue, pelos canais digitais, esclarecimentos ou prorrogação do benefício. “Não sei mais o que fazer. Sei que meus filhos estão passando fome, estou prestes a ser despejada da casa onde moro de aluguel. Estou há cinco meses sem nenhuma fonte de renda. Peço, pelo amor de Deus, atendam o meu pedido. É uma mãe trabalhadora com quatro filhos famintos quem está pedindo” – detalha a mateense, enquanto aguarda uma resposta do INSS.

 

. Fábrica de lubrificantes

A notícia de que São Mateus está na rota de investimentos da Energy Platform (EnP), criada pelo executivo Márcio Félix, ex-gerente-geral da Petrobras no Espírito Santo, chega em muito boa hora, como avaliou o prefeito Daniel Santana. O projeto é para construir uma fábrica de lubrificantes e de asfalto, e o Município é um fortíssimo candidato a receber o empreendimento, conforme adiantou Márcio Félix. A promessa dos investimentos da EnP se junta ao projeto do complexo portuário de São Mateus, próximo de ser concretizado em Uruçuquara, o que pode transportar o Município a um novo patamar de desenvolvimento econômico no Sudeste brasileiro.

. Fim do self-service?

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estima que o “novo normal” para os restaurantes pode ser muito diferente daquele que cozinheiros e clientes estão acostumados. Além das estimativas nada otimistas da Abrasel, que prevê que 20% deles vão fechar após a pandemia, muitas mudanças terão que ser adotadas para atender novamente ao público. Para a associação, a pandemia coloca em risco um dos modelos mais bem-sucedidos de restaurantes, que são os buffets, ou popularmente conhecidos como self-service. Em São Mateus, por exemplo, que está classificado como risco moderado, os restaurantes self-services podem funcionar de segunda a sexta-feira, mas nos finais de semana estão proibidos por decreto de fazer o atendimento presencial. Os clientes podem retirar os pedidos, ou recebê-los em casa por meio de delivery.

 

. Mais exposição

É que pelos estudos da Abrasel, negócios desse gênero devem sofrer mais por conta da exposição a que submetem um maior número de pessoas. Superfícies comumente tocadas, como se servir através de pegadores e talheres compartilhados, podem ser um mecanismo de propagação de vírus –ainda que a Organização Mundial de Saúde (OMS) já tenha declarado que os alimentos, em si, não constituem risco de contaminação, tanto crus quanto cozidos.

 

. Mudança de hábito

Além de o empreendimento incentivar a lavagem das mãos e disponibilizar álcool em gel 70% com fácil acesso, o cliente deve manter distância e usar máscaras o tempo todo no momento em que estiver selecionando os alimentos e evitar conversar próximo aos buffets. Os donos de restaurantes também devem cuidar para que os pegadores e talheres de uso compartilhado sejam frequentemente trocados e higienizados.

 

. Eleições 2020

Ministros do TSE e os presidentes da Câmara e do Senado continuam alinhando a realização das eleições deste ano entre a segunda quinzena de novembro e o começo de dezembro. A novidade é que o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, disse que conversou com oito especialistas e há um consenso médico sobre a necessidade do adiamento das eleições por algumas semanas, porque eles acham que, em agosto, setembro, a curva da pandemia do novo coronavírus pode ser descendente. Mas não deixar para o ano que vem “porque não muda muito do ponto de vista sanitário”.

 

. Análise

Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre propuseram que os líderes partidários das duas Casas participem de conversas com os médicos. O TSE se comprometeu a organizar reunião com especialistas na semana que vem. A partir da conversa, Câmara Federal e Senado darão andamento à análise das propostas sobre adiamento do pleito. No entanto, o ministro Luís Roberto Barroso deixa claro que a definição da data é uma “decisão política”. As datas do pleito serão definidas pelo Congresso, uma vez que o dia da eleição está previsto na Constituição –primeiro domingo de outubro–, e, para alterá-lo, é necessária emenda constitucional.

 

. Datas importantes

Na reunião desta semana, ministros e parlamentares também trataram sobre a necessidade de alterar algumas datas importantes vinculadas ao pleito. A questão, porém, será discutida no âmbito do Congresso Nacional. O presidente do TSE relatou conversas internas para ampliar o horário da votação para 12 horas e prever campanhas para votação em horários conforme a faixa etária. Barroso pediu também ajuda do Congresso para obtenção de doações de empresários para materiais de proteção aos mesários e eleitores, como máscaras e álcool-gel.

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