NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Em sobrevoo realizado na manhã desta sexta (28), o Ibama (Instituto do Meio ambiente e Recursos Naturais Renováveis) detectou uma mancha de óleo com raio de 830 metros próxima ao navio carregado de minério que está encalhado no litoral do Maranhão.

Foto: Reprodução

Em nota, o órgão ambiental disse tratar-se de “uma mancha fina de óleo” e que, até o momento, não há estimativa sobre o volume. É a primeira vez que as autoridades confirmam vazamento de óleo da embarcação, que está desde segunda (22), em um banco de areia a cerca de cem quilômetros de São Luís.
Na quinta (27), o Ibama disse que o navio tem cerca de 4.000 toneladas de óleo, que seria usado como combustível para viagem até a China. A Vale, que contratou a embarcação, informou que são 3,5 mil toneladas de óleo residual e 140 toneladas de óleo destilado.
A título de comparação, a Marinha diz que recolheu 5.000 toneladas de resíduos oleosos (misturados a areia e água) nas praias do Nordeste após vazamento de origem não identificada em 2019.
O navio Stellar Banner deixava o terminal da Ponta da Madeira rumo ao porto chinês de Qingdao quando sofreu avarias no casco após tocar o fundo do mar. O encalhe foi provocado pelo comandante para evitar o naufrágio. A embarcação carrega 294,8 mil toneladas de minério de ferro.

Foto: Reprodução

Seus 340 metros de comprimento -o equivalente a três campos de futebol- são um desafio a mais para o resgate, já que a distribuição irregular do peso da carga, em conjunto com a força das ondas, pode provocar a ruptura do casco. Nesta quinta-feira (28), quatro rebocadores prestavam apoio no local.
A sul-coreana Polaris Shipping, dona do navio, contratou a empresa Ardent Global para elaborar um plano de resgate. As autoridades tentam acelerar a retirada do óleo de seu interior, mas ainda não se falou em prazo para que a operação seja iniciada.
Também na quinta-feira, a Vale informou que pediu à Petrobras embarcações recolhedoras de óleo no mar e está contratando barreiras de contenção, para o caso de vazamento. O Ibama sobrevoou a área por volta das 16h desta quinta.
Caso a retirada do óleo seja bem-sucedida, o próximo passo é tentar flutuar artificialmente o navio, para transporte até o terminal, onde o minério seria retirado. Todo o processo, porém, depende da manutenção das condições estruturais do casco.
O Ibama informou que fará novos sobrevoos nas próximas horas para a companhar a evolução do vazamento.

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