JULIO WIZIACK
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo indicou o atual secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Limp Nascimento, para presidente da Eletrobras.

Formado pela Universidade de Brasília, Limp é um dos técnicos mais respeitados em energia. Sua experiência foi acumulada ao longo de nove anos como técnico da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Entre 2015 e 2018, serviu como consultor legislativo nas áreas de recursos minerais, hídricos e energéticos da Câmara dos Deputados.

Deixou o Congresso para assumir a direção da Aneel, mandato que exerceu até março de 2020, quando assumiu a secretaria do ministério.

Pessoas que participaram das discussões afirmam que a indicação foi do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que pretendia ter uma “solução caseira” para garantir o processo de capitalização da Eletrobras -que patina no Congresso desde a gestão do ex-presidente Michel Temer.

Desde então, o governo já enviou duas propostas de venda do controle que caducaram diante da resistência dos parlamentares em abrir mão de uma estatal que ajuda a abrigar não somente cargos em redutos eleitorais como desenvolve projetos de cunho social nesses locais.

“A indicação reafirma o compromisso do governo na continuidade das ações visando ao aumento da eficiência operacional e ao aprimoramento da estratégia de sustentabilidade da Eletrobras, observando que o processo de capitalização, em tramitação no Congresso Nacional, é essencial para a empresa se torne mais forte e competitiva, contribuindo para gerar emprego e renda à população brasileira, e proporcionando menores custos e melhores serviços aos consumidor es de energia elétrica”, disse o Ministério de Minas e Energia em nota.

Limp vai dar prosseguimento à gestão de seu antecessor, Wilson Ferreira Junior, que deixou o comando da empresa diante da resistência do Congresso em aprovar a capitalização da estatal.

Neste momento, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), relator do processo, avisou ao governo que pretende modificar completamente o modelo de venda de controle.

Em vez de capitalização (processo sem que a União vende ações para ter sua participação diluída), o deputado prefere que a estatal venda suas subsidiárias.

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