IGOR SIQUEIRA, ALEXANDRE ARAÚJO E LUIZA SÁ

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Depois de 16 anos, Marcelo está de volta ao Fluminense. A notícia pegou os torcedores de surpresa e foi um segredo guardado por meses dentro do clube para a negociação não ter problemas.

Flu e Marcelo conversaram por cerca de seis meses e se acertaram. A ideia era que ele chegasse apenas ao final da atual temporada europeia. A rescisão com o Olympiacos mais cedo, porém, facilitou a chegada imediata do jogador.

Ele é aguardado no Rio de Janeiro em duas semanas e assina até o fim de 2024 com possibilidade de renovar por mais uma temporada.

Marcelo aceitou reduzir o salário para voltar ao Fluminense. Com os vencimentos recebidos na Europa, o clube não teria condições de mantê-lo.

A negociação foi feita pelo presidente Mário Bittencourt com auxílio do departamento de futebol. O mandatário mantinha contato com o lateral aguardando a vontade de retornar ao Brasil.

Marcelo, inclusive, sempre disse que queria ficar na Europa, mas, nos últimos tempos, isso era parte da estratégia para a negociação não vazar. Ele chegou a ser cogitado em outros clubes de fora.

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A chegada do jogador mais vitorioso da história do Real Madrid não tem ligação com a lesão de Jorge. Ele vinha atuando como meio-campista na Grécia.

A contratação de Marcelo era um sonho antigo do Fluminense. O clube acompanhava os passos do jogador desde os primeiros rumores da saída do Real Madrid.

Marcelo foi procurado pelo menos duas vezes pelo Al Nassr, da Arábia Saudita, em janelas anteriores. A mais recente, antes de ir para a Grécia.

Ele recebeu uma proposta de três anos de contrato e 6 milhões de euros por ano (R$ 32,8 milhões), mas disse que não tinha interesse de atuar no país.

Nas conversas, Marcelo citou que queria ficar na Europa e que o filho estava bem na base do Real Madrid.

Além da torcida do Fluminense, o Botafogo também vivia a expectativa de ter Marcelo algum dia. O jogador nunca escondeu a relação com o clube alvinegro devido ao avô, torcedor do clube. Após o anúncio feito pelo clube tricolor, diversos alvinegros demonstraram insatisfação.

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Apesar de poder de investimento sob o comando da SAF, o Botafogo não abriu conversas pelo lateral. John Textor indicou um caminho a ser traçado no mercado da bola e indicou que não realizaria movimentos por “medalhões”.

Em 2016, o Botafogo chegou a fazer um tuíte dizendo: “Já pensou o melhor lateral do mundo com a camisa do melhor da história? Portas sempre abertas, Marcelo”.

 

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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