A tradicional festa que homenageia São Benedito, co-padroeiro de São Mateus, terá a programação reduzida este ano. A festividade acontecerá em um único dia, 26 de dezembro, com a saída do mastro da Rua do Teimoso às 18h. O mastro será levado de carro até a Igreja Matriz de São Benedito, onde acontecerá uma missa campal presidida pelo Padre André, às 19h.
Em São Mateus, o Dia de São Benedito é festejado em 27 de dezembro, quando também é feriado municipal.
Diferente dos anos anteriores, o mastro não será levado em procissão pelas mãos dos fiéis para a fincada. Nilzete Nascimento, a Nêga do Jongo, afirma que, devido os protocolos exigidos em virtude da pandemia do novo coronavírus, “para manter a tradição e preservar as pessoas”, a única alternativa é conduzir o mastro em um carro.
No momento da fincada do mastro, é comum que os fiéis enterrem debaixo dele pedidos e agradecimentos com a fé de que as orações depositadas serão atendidas pelo Santo. “O principal pedido este ano é pelo fim da pandemia do novo coronavírus e também em agradecimento pelas vacinas que já estão chegando” – afirma Nêga do Jongo.
Há mais de 30 anos na organização da festa e à frente do Grupo de Jongo São Benedito, Nêga relata que este é um ano menos intenso nos preparativos para as ações em honra ao Santo Mouro. Os ensaios, realizados no primeiro domingo de cada mês, por exemplo, foram suspensos. Apesar das mudanças na rotina e dificuldade com a ausência dos idosos, que participam ativamente da festa, Nêga carrega a sensação de dever cumprido. “Me sinto bem e peço benções à todas as pessoas”, enfatiza.
SÃO BENEDITO, O SANTO MOURO
São Mateus – São Benedito nasceu na Sicília, na Itália, em 1526, e faleceu aos 63 anos, em Palermo, também na Itália, em 4 de abril de 1589. Filho de escravos, tonou-se pastor de ovelhas e lavrador e aos 18 anos decidiu consagrar-se ao Senhor, mas somente aos 21 foi viver com os irmãos eremitas de São Francisco de Assis.
A vida religiosa era exemplar. Abriu mão de regalias e fez votos de pobreza, obediência e castidade entre ouros sacrifícios. Depois de 17 anos, mudou-se para o Convento dos Capuchinhos, onde foi escalado como cozinheiro, permanecendo nesta função por longo tempo, até ser eleito superior do mosteiro, analfabeto e leigo, porém com inúmeras virtudes, foi escolhido por ser exemplo de prudência, sabedoria e santidade.
Findado o tempo como superior, retornou a sua humilde rotina de cozinheiro de bom grado e com naturalidade. Até o fim de sua vida terrena foi exemplo de humildade, santidade e piedade.
São Mateus-ES
