A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) emitiu boletim nesta sexta-feira (10) sobre a febre do Oropouche. O Espírito Santo já registra 56 casos da doença e não havia, até então, confirmação de óbito.

O município capixaba com mais casos é Colatina, que chegou a 27 notificações. Rio Bananal, por sua vez, teve 11 casos confirmados. Os outros municípios do Estado que também registraram a doença são Laranja da Terra (5), São Gabriel da Palha (5), Sooretama (2), Vila Valério (2), Ibiraçu (2) e Vitória (2).

A Sesa explica que a febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus –vírus transmitido por artrópodes, mosquitos– do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O vetor é um inseto pequeno, de um a três milímetros, popularmente conhecido como maruim ou mosquito pólvora.

A febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus –vírus transmitido por artrópodes, mosquitos– do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. -Foto: Flávio Carvalho-Fiocruz-ABr/Divulgação

As manifestações clínicas da infecção são parecidas com de outras arboviroses, como dengue, chikungunya e febre amarela, embora os aspectos ecoepidemiológicos dessas arboviroses sejam distintos.

Os casos agudos evoluem com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.

Casos com acometimento do sistema nervoso central (por exemplo, meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos, e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer.

 

Como prevenir

De acordo com a Sesa, o habitat em que o mosquito vetor se desenvolve varia de espécie para espécie. De modo geral, três elementos são necessários: umidade, sombra e matéria orgânica.

Dessa forma, as medidas para a prevenção da febre de Oropouche envolvem o manejo mecânico do ambiente e medidas de proteção individual. “No manejo mecânico é necessário manter árvores e arbustos podados, de forma a aumentar a insolação no solo, retirar o excesso de matéria orgânica (folhas, frutos e etc.); manter terrenos baldios livre de matos, dependendo da situação, e o plantio de grama pode ajudar a manter a população de maruins sob controle; e manter os abrigos de animais (aves, suínos, bovinos e outros) sempre limpos” – detalha.

Com relação às medidas de proteção individual, o uso de repelentes e roupas compridas pode ajudar a diminuir as picadas. Já o uso de telas em portas e janelas, como barreiras físicas, recomendados em alguns casos, não surtem muito efeito devido à necessidade dessas telas terem uma gramatura muito pequena, e esse fato acaba por reduzir a circulação de ar dentro dos imóveis.

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