O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), uniu esforços com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES), para diversas ações que buscam reforçar a adoção de medidas preventivas para evitar a entrada da Influenza Aviária no Estado.

De acordo com a assessoria do Idaf, o alerto ocorre após terem crescido casos do vírus na América do Sul, o que faz com que o Brasil, mesmo livre da doença, reforce suas medidas de biosseguridade.

“Além de todo o trabalho de fiscalização das condições de biosseguridade das granjas, cujo alojamento das aves só é permitido às registradas no Idaf, também está acontecendo o atendimento das notificações. O Idaf executa, em coordenação com todos os Órgão de Defesa Sanitária do Brasil, o plano de vigilância ativa preconizado pelo Ministério da Agricultura. Nesse plano, o instituto coleta amostras de aves em vários municípios e envia para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP). Apenas no segundo semestre de 2022, foram coletadas 585 amostras” – destaca o órgão estadual.

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Segundo o médico-veterinário e coordenador do programa de Sanidade Avícola, no Idaf, Leandro Marinho, a Influenza Aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta várias espécies de aves domésticas –galinhas, gansos, patos. Apesar de ser raro, mamíferos, como o homem podem contrair a doença.

Aves atuam como hospedeiro natural e reservatório do vírus da Influenza Aviária.
Foto: Idaf/Divulgação

“A Influenza Aviária não é transmitida para os humanos através do consumo de carne de aves e ovos. Os casos relatados de transmissão ocorreram em contato com aves infectadas. Apesar de nunca detectada no Brasil, é uma doença de distribuição mundial com ciclos pandêmicos ao longo dos anos, capaz de interferir no comércio internacional de produtos avícolas, por isso, o esforço do Idaf em ações de vigilância desta doença” – relata o médico-veterinário.

 

Exposição direta a aves infectadas é o principal vetor de transmissão da doença

 

Segundo a auditora fiscal federal agropecuária, da Superintendência Federal de Agricultura Pecuária e Abastecimento no Espírito Santo (SFA/MAPA), Letícia Meireles Alves, a exposição direta a aves silvestres infectadas é o principal fator de transmissão da Influência Aviária.

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“Essas aves atuam como hospedeiro natural e reservatório do vírus, por isso, o MAPA tem comunicado as organizações ligadas ao meio ambiente, para ficarem atentas aos sinais clínicos nesses animais” – destaca.

“Outros fatores de risco que contribuem para a transmissão da influenza aviária são a globalização e o comércio internacional, mercados e feiras de vendas de aves vivas, falhas de biosseguridade nas granjas, e as criações de aves para consumo próprio, que acabam estando mais desprotegidas. Os produtores de aves comerciais e de criações domésticas devem estar em alerta para notificar qualquer suspeita de Influenza aviária na sua criação” – explica Letícia Meireles Alves.

Para o diretor executivo da AVES, Nélio Hand, o momento é de união e intensificação de esforços para a prevenção. Ele destaca que a atenção dos setores privado e público precisa estar redobrada neste momento.

“Nos últimos anos, o setor vem investindo em medidas de biosseguridade, que neste momento estão sendo reforçadas. A AVES atua com os órgãos oficiais e entidades públicas para a articulação de ações preventivas e para levar informações. É de suma importância ampliar os esforços na atuação do serviço oficial, visando a fortalecer a vigilância da produção local para que possamos continuar mantendo nossos planteis distantes da enfermidade” – explica o diretor da AVES.

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Foto do destaque: Idaf/Divulgação

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