Carioca de nascimento, o único em uma família de baianos, mas mateense de coração. Assim se declara o bioquímico, empresário, marido, pai e avô, John Herbert Guimarães. Ele fundou o Laboratório Biolab em São Mateus em 1985, e hoje, 38 anos depois, divide as responsabilidades de administração da empresa com toda a família, inclusive com os filhos Breno Cardozo Guimarães, de 31 anos, e Bruno Cardozo Guimarães, de 25.

“É um privilégio porque estou com a minha família aqui dentro. Não esperava que eles fossem seguir a mesma carreira que a minha.” – frisa.

Os filhos nasceram da união de John com Luciana Cardozo. “É um privilégio criá-los e depois, em relação ao trabalho, deixar uma base, um alicerce. Outra coisa interessante é que tenho amigos aqui, que os filhos deles foram para fora do País, e eles me dizem: nossa, ter os seus filhos com você é um privilégio” – enfatiza, demonstrando que a palavra que ilustra a vivência dele com os filhos realmente é essa: privilégio.

“Como pai, fui capaz de criá-los e agora estou conseguindo orientá-los em termos de trabalho, numa função para seguirem com a profissão. Daqui a pouco me aposento e deixo eles seguirem, mas com uma base. E foi bem natural, nunca forcei a fazerem isso” – complementa.

Os filhos Bruno e Breno com o pai John Herbert Guimarães terão mais um Dia dos Pais para se orgulharem juntos.

Formado em Nutrição, Bruno
pretende concluir Farmácia

São Mateus – O irmão mais novo, Bruno, apesar de ter concluído curso técnico integrado em Edificações, prontamente prestou vestibular para Farmácia. Ele ressalta que sempre se interessou pela área da saúde, assim como o pai e o irmão Breno. Conta que fazia o curso em Vitória, mas que no sexto período decidiu retornar para São Mateus para ficar junto da família.

“Aqui surgiu a oportunidade de fazer Nutrição. Terminei este curso e pretendo retomar o de Farmácia. Na empresa, trabalho como auxiliar de faturamento”.

Sobre a convivência com o pai e o irmão dentro da empresa, além da mãe também, Bruno demonstra que ela é harmoniosa. “A gente sabe que da porta para dentro, tem que deixar as intimidades e a convivência que a gente tem em casa. Aqui é um ambiente sério!” – enfatiza.

 

 

Para John e Luciana, é um privilégio ter os filhos por perto e orientá-los também na profissão.

Nos corredores da empresa

O mais velho, Breno, pai do Bernardo de 6 anos, detalha que cresceu nos corredores da empresa do pai e que o acompanhava como podia. “Ficava aqui rodando e, querendo ou não, a gente acaba assimilando algumas coisas, vai aprendendo. Pega um tubo de ensaio, mistura a anilina, vê a mudança de cor e começa a se entusiasmar. Algumas coisas desse tipo!”

No entanto, como gostava de jogar bola, tentou carreira no futebol profissional onde atuou até os 20 anos, mas de acordo com ele próprio, as incertezas, idas e vindas do esporte fizeram com que decidisse focar exclusivamente nos estudos.

“Na escola, tinha aptidão para a área da saúde. A escolha não foi tão difícil porque eu nunca pensei em fazer outra coisa além de Farmácia para análises clinicas. Foi por gostar e seguir o ramo do meu pai, o negócio da família, e isso é motivo de orgulho” – afirma.

Sonho é também ter os netos por perto

John destaca que o desejo dele sempre foi direcionar os filhos para a vida sob a sua orientação. Agora, com tudo encaminhado, quer ter os netos perto. “Estou ficando velho, quero os netos por perto. O sonho que eu tenho é que eles fiquem milionários [risos], de dinheiro e de felicidade porque conciliar uma coisa com a outra é sempre bom. Agora, eles estão capacitados para seguirem com a empresa. Estudaram, se esforçaram, entraram na empresa de cabeça e abraçaram como negócio da família” – reforça.

EMPRESA FAMILIAR
Conforme detalha John, o Laboratório Biolab surgiu após uma conversa com um irmão, que era médico. A ele foi sugerido estudar Bioquímica para começarem um negócio juntos. Ao contrário do irmão, que preferiu ficar na capital Vitória, John retornou a São Mateus e inaugurou a empresa no dia 5 de maio de 1985.

“Quando cheguei já tinham dois laboratórios, três praticamente… Todos já eram bioquímicos, mas eu os conhecia desde criança. Quando me viram formado ficaram contentes. Acharam uma maravilha e me deram apoio. O espaço era bem simples, com um funcionário apenas, e fomos crescendo. De lá para cá, houve uma transformação muito grande” – frisa.

John fez questão de pontuar outro pilar importante para o crescimento e sucesso, tanto da empresa quanto da família, que é a esposa Luciana. Destaca que após o nascimento dos filhos, ela abriu mão dos estudos para cuidar dos filhos.

“Eu trabalhava e ela cuidava deles. Quando cresceram, a Luciana veio para dentro do laboratório, cuidando da parte de convênios, atendimento. Depois ela foi estudar. Fez Administração para tocar a empresa porque nós não sabíamos para onde os meninos iam.

Há pouco tempo se graduou novamente, fez Nutrição e hoje, além de estar na empresa, é uma nutricionista formada” – afirma, orgulhoso.

Porque não, John?

 

Bem humorado, John Herbert brindou a Reportagem com uma história sobre a origem do próprio nome e também do laboratório.

“Esse John, que cabe muitos nomes, como João, Jow, Jhone e por aí vai, é porque eu nasci no dia 23 de junho. Apesar de ser em Três Rios, no Rio de Janeiro, minha família toda é da Bahia e lá é muito forte a comemoração de São João. A minha irmã, uma semana antes [do nascimento], foi assistir um filme com os atores John Herbert e Eva Vilma. Minha mãe estava grávida e pensou: John Herbert, por que não? Porque João é mais comum, aí colocou John Herbert. E tinha mais um nome, mas o cartório na época até tirou, não aceitou” – brinca, às gargalhadas.

Conforme John, o nome do laboratório foi inspirado numa empresa de medicamentos francesa. Breno lembra que, em uma interpretação livre, bio significa vida e lab é a abreviação de laboratório. E cá entre nós, onde mais existe plena vida senão em uma família unida?

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