“Um caminho sem volta”! É dessa forma que o professor Edney Leandro da Vitória, do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), define a chegada dos drones à agricultura. O emprego dessa tecnologia na aplicação de defensivos agrícolas foi apresentado nesta quinta-feira (4), no Ceunes.

Além de pesquisadores, o painel reuniu produtores rurais e representantes de entidades ligadas ao meio rural, iniciando com demonstração prática na Fazenda Experimental do Ceunes. As outras atividades aconteceram no auditório da Biblioteca, incluindo palestra ministrada pelo professor Marcelo Barreto, apresentação de resultados de pesquisas pelo professor Edney e discussão de proposta para subsidiar um possível projeto de lei que regulamente a atividade no Espírito Santo.

Como exemplo, Edney citou vantagens já registradas no cultivo de tomates. Ele explica que, na forma convencional, são necessárias três aplicações de defensivos por semana, desde o plantio até a colheita, com mão de obra de 40 pessoas a cada 10 hectares. “O drone consegue fazer o trabalho dessas 40 pessoas, ou reduzir, fazendo aplicação aérea com segurança. Vai desempregar 40 trabalhadores? Não. Eles vão ser deslocados para a colheita, para os tratos culturais, sem ter que mexer diretamente com os defensivos, com agrotóxicos” – detalhou.

O professor Edney acrescenta que há outras vantagens no uso de drone, como a aplicação em locais de difícil acesso e a rapidez de retorno no investimento de implantar a tecnologia. Sobre riscos, o professor aponta que são inerentes ao manuseio. Ele adianta que pretende incluir em proposta de regulamentação da atividade a utilização de equipamentos de proteção individual, o perfil de quem poderá manusear os aparelhos, as distâncias seguras de aplicação, de outras culturas, de residências, de lagos e rios, entre outras situações de segurança.

Mestrando em Agricultura Tropical, Filipe de Moraes tem larga experiência no manuseio de drones. Ele destaca que a prática é sustentável para agricultura e possibilita economia ao produtor e mais segurança na operação. Filipe ressalta que a tecnologia e a capacitação são acessíveis, inclusive para os pequenos produtores.

São Mateus–ES

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