O bispo da Diocese de São Mateus Dom Paulo Bosi Dal’Bó ordenará o primeiro padre estigmatino capixaba e o primeiro religioso ordenado na Paróquia de Mantenópolis. Chaybom Ânttone Rufino será ordenado padre no dia 19, às 15h, na Igreja Matriz de Mantenópolis.

Chaybom Ânttone, de 31 anos, pertence à Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo, conhecidos na Igreja Católica como estigmatinos. Nascido em Mantenópolis, ele ingressou no Seminário Propedêutico em Ribeirão Preto, São Paulo, em fevereiro de 2007 quando tinha apenas 17 anos. Antes de entrar para o seminário trabalhava de servente de pedreiro junto ao pai.

Por conta da pandemia, a ordenação do diácono Chaybom terá público restrito. Participarão familiares, representante das comunidades, alguns convidados locais e de fora do Estado. Jordélio Siles Ledo, padre provincial dos estigmatinos, estará presente na ordenação, vindo da Cúria Provincial, em Rio Claro, São Paulo.

Chaybom Ânttone Rufino, de 31 anos, pertence à Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo, conhecidos na Igreja Católica como estigmatinos.

Como preparação para este momento especial na vida do futuro padre serão realizados três dias de celebração vocacional iniciando no dia 16 na Matriz Nossa Senhora das Dores, em Mantenópolis.

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Chaybom pertence aos estigmatinos da Província Brasileira de Santa Cruz que compreende os estados de São Paulo, Paraná, Bahia, a área missionária do Paraguai e uma delegação no Chile.

 

ATUAÇÃO NA BAHIA

Atualmente trabalha em Vitória da Conquista, na Bahia, como colaborador na Paróquia Santa Luzia, que está aos cuidados da congregação, e como formador na etapa do propedêutico, onde continuará no próximo ano.

Neste momento de pandemia, Chaybom diz que a igreja pede a vida consagrada que seja testemunha do Cristo Salvador, Senhor ressuscitado, carregando com ele a cruz. “A pandemia veio para mostrar a fragilidade da vida, que as vaidades do dia-a-dia não nos completam. A vida consagrada é chamada a ser farol que aponta para o mistério da salvação que passa pelo cuidado com todos. Todos somos responsáveis por todos” – atesta.

E quanto ao nome inusitado, ele explica: “Minha mão viu na televisão: eram gêmeos Chaybom e Chayhra, ela gostou e colocou os nomes, meu e da minha irmã”.

 

 

Atualmente o diácono Chaybom Ânttone atua em Vitória da Conquista, na Bahia, na Paróquia Santa Luzia, como formador na etapa do propedêutico, onde continuará no próximo ano.

DESPERTAR VOCACIONAL

“Desde pequeno era encantado com a Igreja. Mas foi o testemunho de vida de um missionário fidei domun –sacerdote cedido por uma diocese para trabalhar em outra em missão– da diocese italiana de Vittorio Veneto, o padre Pedro Pase (1942-1992), que marcou e motivou a vocação sacerdotal desde pequeno. E foi o testemunho de vida do bispo emérito –de São Mateus– Dom Aldo Gerna, que me motivou a ser religioso” – conta o diácono.

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O despertar vocacional foi em 2002, quando ele morava na Praia Grande, São Paulo, com a família. Lá conheceu os missionários estigmatinos, que administram até hoje aquela paróquia. Durante o processo de formação passou por Ribeirão Preto, Campinas, Uberaba, além dos estados de São Paulo e Paraná.

É bacharel em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É licenciado em Filosofia, com especialização em educação em Direitos Humanos e pós-graduado latu sensu em Ensino Religioso. É mestre em Exegese e Teologia Bíblica, na linha de pesquisa de análise e interpretação da Sagrada Escritura. O tema da dissertação foi Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas, exegese teológica de Mateus, 23:37-39.

No dia 23 de janeiro de 2020 fez a profissão perpétua emitindo os votos evangélicos de castidade, pobreza e obediência na Matriz Santa Cruz em Rio Claro, ao lado da Cúria Provincial da Província Santa Cruz.

Chaybom diz que sempre teve o apoio da família, dos pais e da irmã. “Sempre incentivando e rezando pelo meu crescimento, bem como meus amigos e outros familiares”. Ele revela que o sentimento é de gratidão a Deus por permitir chegar a este momento. “Outro sentimento é de pequenez diante do grande mistério salvífico que acontecerá e pelo sublime mistério que o sacramento da ordem irá conferir a esse pequeno homem. E depois, de esperança, de poder trabalhar na Igreja para a construção do Reino do Deus, no meio do povo de Deus e para o povo de Deus” – afirma.

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O futuro padre foi ordenado diácono juntamente com outros seis religiosos em meio a pandemia do novo coronavírus em uma missa com restrições sanitárias e de presença de público no dia 12 de junho, na Casa de Retiros e Centro de Espiritualidade Fazenda Sant’Ana, em Corumbataí-SP.

Mantenópolis-ES

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