SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu esta terça-feira, primeiro dos dois dias de reunião dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos– em queda, embora continuasse bem acima da marca de R$ 5, com operadores focados nas decisões de política monetária e seu potencial impacto no mercado de câmbio local e internacional.

Às 9h05 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,46%, a R$ 5,0479 na venda.
Na B3, às 9h05 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,74%, a R$ 5,0920.

A moeda norte-americana fechou a última sessão em alta de 2,58%, a R$ 5,0712 na venda, maior valorização diária desde 22 de abril (+4,07%), que havia sido o salto mais intenso do dólar desde o início da pandemia de Covid-19. A divisa também registrou o maior patamar para encerramento desde 16 de março passado (R$ 5,0917).

Dólares – Arquivo/Agência Brasil

Após ter avançado 3,8% em abril, o dólar comercial operou em alta firme frente ao real durante toda a sessão passada, para fechar com ganhos de 2,60% no primeiro pregão de maio, cotado a R$ 5,072 para venda. Foi o maior valor desde 16 de março, quando a divisa encerrou a sessão cotada a R$ 5,092.

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Os investidores iniciaram a semana com as atenções voltadas para as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos nesta quarta-feira (4).

Na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central), o mercado espera por uma elevação de 1 ponto percentual para a taxa Selic, a 12,75% ao ano.
No caso do FOMC (Federal Open Market Committee) do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), a expectativa é por uma alta de 0,5 ponto na taxa de juros local, para 1% ao ano.

Na Bolsa brasileira, após fechar o mês de abril em queda de 10,1%, a maior baixa mensal desde março de 2020, o Ibovespa também voltou a operar no campo negativo nesta segunda.

O principal índice acionário do mercado brasileiro registrou desvalorização de 1,15% no primeiro pregão da semana, aos 106.638 pontos.

O aumento das preocupações do mercado acerca da nova onda de Covid-19 na China e dos impactos para o desempenho da economia global também pesaram para o humor dos investidores.

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Ações de grandes exportadoras de commodities estão entre as que mais contribuíram para a queda do índice amplo na véspera –as ações ordinárias da Petrobras recuaram 1,8%, enquanto os papéis da Vale cederam 0,4%. Ações das companhias aéreas Azul a e Gol marcaram as maiores perdas do Ibovespa no dia, com baixas de 7,2% e 6%, respectivamente.

Mercado internacional Na cena global, a perspectiva de um aperto monetário mais agressivo nos mercados desenvolvidos para enfrentar a persistente pressão inflacionária na região foi o que mais pesou para as ações nos Estados Unidos no mês passado –as ações do índice Nasdaq, em que há maior concentração de empresas de tecnologia, tiveram um tombo de 13,3%, o maior de outubro de 2008.

“O aumento nos juros tem como objetivo o controle da inflação, mas traz pressão de curto prazo negativa para as bolsas, principalmente entre ações de tecnologia e de alto crescimento projetado para o futuro, ao elevar a taxa de desconto utilizada nas projeções de crescimento das companhias”, diz Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos.

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Nesta segunda, após a forte queda da sessão passada, os índices americanos experimentaram alguma recuperação. O S&P subiu 0,57% e o Dow Jones avançou 0,26%, enquanto o Nasdaq fechou com alta de 1,63%.

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