Após um cenário de cortes nos últimos anos, a recomposição orçamentária, num investimento de R$ 2,44 bilhões anunciado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representa esperança de dias melhores para as universidades e institutos federais.
Diretores do campus do Ifes em São Mateus e do Centro Universitário do Norte do Espírito Santo (Ceunes), Eros Silva Spalla e Luiz Antonio Favero Filho, respectivamente, enxergam avanços com a medida anunciada elo presidente.
Eros Spalla relata que, como a medida foi anunciada na quarta-feira (19), ainda não havia até esta quinta-feira (20) uma sinalização sobre como ficará a situação do campus do Ifes de São Mateus. “Acredito que na próxima semana tenhamos o cenário real”, salienta.
Entretanto, Eros tem a expectativa que seja feito um incremento de até 20% no orçamento de custeio no campus, “que era deficitário”, com os recursos sendo aplicados na manutenção, ampliação de visitas técnicas e projetos de infraestrutura, entre outras ações.
“As principais demandas do campus São Mateus são de ordem de estrutura física, como salas de aula, laboratórios, espaços de vivência para estudantes e servidores”, ressalta.
Eros avalia que os cortes orçamentários do governo anterior geraram “um sufocamento” das atividades do campus. “É como em casa: se o orçamento não é suficiente, você começa a cortar gastos. Entretanto, como estamos falando de uma instituição de ensino, esses cortes afetam diretamente a oferta de serviços” – reforça.
Conforme aponta o diretor do campus de São Mateus do Ifes, foi necessária a redução de pessoal terceirizado, de viagens técnicas, além do sucateamento da manutenção predial como ar-condicionado quebrado, falta de pintura, manutenção de equipamentos, aquisição de insumos e impossibilidade de contratação de projetos.
“Situação melhor que a prevista, porém, ainda complicada”, frisa Favero
Como anunciado na quarta-feira pelo Presidente Lula, o investimento de R$ 2,44 bilhões faz com que os orçamentos das universidades e institutos federais retornem a patamares de 2019.
“É uma situação melhor do que a prevista, porém, ainda complicada, pois de 2019 até hoje tudo ficou muito mais caro” – avalia o diretor do Ceunes, Luiz Antonio Favero Filho.
Ainda assim, o diretor ressalta que, “estamos avançando”.
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