Hoje, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo no Brasil. Para quem precisa de suporte para superar o vício do tabaco, algumas unidades de saúde de todo o País, através do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecem apoio. Em São Mateus, as unidades de saúde de Santa Maria, e dos bairros Ideal e Guriri, aderiram ao programa no ano passado.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em 2022 todos os enfermeiros, dentistas, médicos e psicólogos passaram por capacitação para a implantação dos grupos de cessação do tabaco. “O Município já possui material didático e medicações. Todo fumante que desejar parar de fumar, deverá procurar a unidade de saúde que ofereça os serviços” – afirma o secretário de Saúde Henrique Follador.
De acordo com a pasta, em São Mateus, a unidade de saúde de Santa Maria foi a primeira a formar um grupo e já realizou diversas reuniões. Nestes encontros, os participantes passam por um acolhimento e recebem orientações sobre os procedimentos que envolvem as sessões.
“Grupos como esse costumam fornecer apoio emocional, compartilhamento de experiências e estratégias para superar o vício do tabaco. Isso pode ser uma ferramenta valiosa para aqueles que buscam uma vida mais saudável” – explica Follador.
Ele detalha ainda que um grupo de apoio ao tabagismo é composto por uma equipe de profissionais como enfermeiros, médicos e dentistas que realizam sessões com o objetivo de informar e auxiliar o paciente na redução gradual do tabagismo até o fim da dependência completa.
Quando necessário, também é utilizada a abordagem farmacológica, como a terapia de reposição de nicotina por intermédio de adesivos transdérmicos e medicamentos.
GRUPOS
A coordenadora municipal do Programa de Tabagismo, enfermeira Maira Motta Passos Costa Sodré, detalha que cada grupo de apoio deve ser composto por, no máximo, 12 pessoas. “Os tabagistas procuram as unidades de saúde, declaram que querem abandonar o cigarro. Daí, eles passam por uma triagem, pelo médico, ou dentista ou enfermeiro. Participam de quatro sessões estruturadas toda semana. Depois mais duas, de 15 em 15 dias, e são acompanhados mensalmente por um ano” – aponta.
Ela afirma ainda que, conforme a entrevista inicial, o paciente faz um teste para identificar o nível de dependência à nicotina. “O médico saberá se aquele paciente irá precisar da medicação, dos adesivos, ou goma de mascar, todos à base de nicotina. Alguns pacientes não farão uso de medicações e mesmo assim pararão de fumar somente com acompanhamento em grupo e individual na unidade de saúde”.
Maíra Motta acredita que, até o final deste ano, outras unidades de saúde do Município estarão aptas a iniciarem grupos de apoio para quem deseja abandonar o cigarro.
Tabagismo é uma doença
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) afirma que o tabagismo é uma doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o vício como a dependência da droga nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, seja cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé.
Após ser absorvida, a nicotina atinge o cérebro entre 7 e 19 segundos, liberando substâncias químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação de prazer e bem-estar.
O Inca ressalta que o Dia Nacional de Combate ao Fumo tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.
A data foi instituída pela Lei nº 7.488/1986 e inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva.
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