Maria Zelma Castelãn formou-se em Pedagogia na segunda turma da então Coordenação Universitário do Norte do Espírito Santo, a Ceunes, em 1996. Antes mesmo de concluir o ensino superior, já havia recebido o convite da então coordenadora dos Ceims municipais de São Mateus, Luigia Ubizonni Bordoni para assumir a coordenação do Ceim Amabile Zanelato Quimquim, do Bairro Vila Nova, onde trabalha até os dias atuais.

“Sempre tive o sonho de ser professora. O meu coração sempre teve admiração pela profissão. Sempre fui apaixonada pela arte de ensinar” – afirma a professora Zelma Castelãn.

Ela relata que ao iniciar como coordenadora no Ceim ouviu, de Luigia, o seguinte: “Você tem uma missão aqui, de transformar essa realidade”. Zelma explica que na época as crianças que frequentavam o Ceim eram muito carentes, as famílias com um número grande de filhos, necessitando de cuidados especiais tamanha era a vulnerabilidade social.

Maria Zelma Castelãn afirma que a grande motivação em ensinar as crianças é por entender que são elas que fazem as transformações no mundo.
Foto: Divulgação

“Então, a creche tinha esse cunho social. Até atendimento médico ofertávamos. Depois foi se transformando. Sempre tive um amor muito grande pelas crianças, pela educação infantil de modo particular porque já passei por muitas áreas da educação do ensino superior à educação infantil” – frisa.

Segundo Zelma, a grande motivação em ensinar as crianças é por entender que são elas que fazem as transformações na família, na escola e na sociedade. “Existe dentro da criança um potencial muito grande, um desejo de transformação. Vejo as conquistas diárias de cada criança e o gritinho de alegria, quando conseguem fazer uma associação, uma descoberta: ‘tia é igual’, ‘tia eu sei’. É uma alegria poder ensinar através do brinquedo e das brincadeiras” – enfatiza.

Zelma detalha que migrou da coordenação para a sala de aula em 2009 onde atua até hoje. Ela ressalta que a mudança de função foi um grande desafio e aprendizagem, além de um prazer muito grande. “Dois momentos diferentes e que gostei muito” – reforça.

“Quero dizer aos colegas professores, em especial neste Dia do Professor, que não desanimem diante das dificuldades e nem desistam dos seus sonhos. O profissional da educação é uma peça chave para a transformação da sociedade. Lute por sua profissão, mesmo diante das adversidades, e venha ser feliz na Educação” – complementa.

 

Nove em cada dez estudantes confiam em seus professores

 

São Paulo – Nove em cada dez estudantes afirmam confiar em seus professores e 87% os enxergam como exemplos positivos. Essa constatação faz parte da pesquisa Educação na perspectiva dos estudantes e suas famílias, realizada pelo Datafolha a pedido do Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O estudo também mostra que os docentes têm boa proximidade com os estudantes, pois 81% dos alunos contam que não possuem problemas na relação com seus professores, enquanto que apenas 19% discordam dessa afirmação. Os períodos de Alfabetização e Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) têm maior facilidade no relacionamento (87% e 86%) em comparação com os Anos Finais (6º ao 9º ano) e Ensino Médio, com 77% e 78%, respectivamente.

Na interação com as famílias, 72% dos estudantes e seus familiares responderam que contam com os professores para esclarecer dúvidas, com percentuais mais altos entre os alunos de Alfabetização (78%) e Anos Iniciais (77%). Os docentes da região Sul aparecem como os mais receptivos, com 82%; em contrapartida, na região Norte essa prática ocorre com menor frequência, registrando 67%.

Para 87% dos responsáveis dos estudantes, os docentes conhecem muito ou em parte as dificuldades de aprendizado de cada um de seus alunos. Segundo o estudo, os professores da região Sul são quem tem maior percepção, com 93%. O Nordeste se aproxima com 90% e aparecem na sequência as regiões Centro-Oeste (86%), Norte (86%) e Sudeste (83%).

Esse reconhecimento pode ser justificado pelas atividades realizadas nas escolas, em que 91% dos familiares argumentam que elas ajudam a criar uma relação de confiança entre ambos. Na região Norte, esse índice é de 95%, seguido do Sul (94%) e Nordeste (93%). Centro-Oeste e Sudeste aparecem praticamente empatados, com 88% e 87%, respectivamente.

“A motivação dos professores em elaborar soluções criativas para tornar as aprendizagens mais atrativas é reconhecida aos olhos dos estudantes, que, por sua vez, correspondem se engajando na dinâmica da matéria. Essas iniciativas marcam a trajetória escolar de crianças, adolescentes e jovens, fazendo com que o aluno observe uma perspectiva mais ampla de sua vida”, afirma a coordenadora de Educação Infantil Juliana Yade, que também atuou durante oito anos como professora do ensino fundamental.

 

Foto do destaque: Divulgação

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