A equipe da Superintendência de Polícia Interestadual e de Capturas (Supic) prendeu uma mulher de 45 anos, condenada pelo homicídio qualificado do próprio marido, Erly Kieffer, de 34 anos. O crime ocorreu no dia 6 de janeiro de 2005, no bairro Soteco, em Viana. A prisão da condenada ocorreu no Centro de Santa Leopoldina.

Segundo o responsável pela operação, delegado Marcos Aurélio Oliveira, a mulher não resistiu à prisão, que ocorreu na última quarta-feira (13). Ela foi condenada por ser mandante do assassinato de Erly, com quem morava em um sítio localizado na região de Boa Esperança, zonal rural de Marechal Floriano.

“As investigações da época indicam que o assassinato foi praticado por interesse dela em ficar com R$ 130 mil referentes à venda de um terreno do marido. A condenada ainda pretendia morar com outro envolvido no crime, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal”, explicou Oliveira.

O delegado também contou que, na época, a esposa da vítima teria alegado que ela e o marido estavam em casa quando foram rendidos por dois homens.

“Durante os depoimentos, ela dizia que estava em casa com o marido quando o casal ouviu alguém bater palmas no quintal. Segundo a condenada, o marido foi rendido por dois homens após ter aberto a porta para atendê-los. Ela afirmava que antes de sequestrarem Erly, os criminosos teriam a imobilizado e prendido no banheiro. Na época, a condenada chegou, inclusive, a reconhecer o corpo do marido”, acrescentou.

 

O crime

De acordo com Marcos Aurélio Oliveira, foi a própria esposa de Erly Kieffer e o amante dela, de 44 anos, que começaram a tramar o assassinato. Para isso, eles pediram ajuda do líder religioso, de 61 anos, que era responsável pela organização religiosa frequentada pelos dois.

“O líder religioso teria feito trabalhos espirituais com intuito de desmanchar o casamento da condenada, todavia, os trabalhos não surtiram efeitos. Então, ela pediu ao líder religioso que arranjasse alguém que pudesse matar o marido dela”, narrou Oliveira.

Desta forma, o líder religioso procurou uma mulher de 33 anos, e pediu que ela encontrasse alguém que pudesse realizar o assassinato. Em contrapartida ela receberia R$ 1 mil. O indicado para cometer o crime foi um homem de 47 anos, que aceitou o valor de R$2 mil para executar Erly. Com intuito de ajudar no homicídio, o contratado convidou também um amigo, de 37 anos, para participar da ação.

Além destes, o assassino pagou também R$ 100 a um adolescente para que conseguisse uma arma de fogo para ser utilizada no assassinato. Assim, o menor de idade alugou um revólver calibre 38 de um homem de 32 anos, por R$ 80.

O delegado contou também que na noite do crime o líder religioso e os assassinos contratados foram de táxi até Marechal Floriano encontrar o amante da condenada. “O líder religioso voltou de táxi para Vitória depois de deixar os dois assassinos de aluguel com o amante da condenada. Então, os executores foram guiados até o sítio da vítima. Chegando lá, o amante chamou pela companheira e fugiu antes que pudesse ser visto por Erly”, narrou.

Ao sair de casa para ver quem havia chamado, Erly foi dominado pelos assassinos contratados que o amarram, amordaçaram e depois o colocaram no porta-malas do carro da própria vítima. “Depois que o marido foi rendido, a esposa pagou R$ 1 mil aos assassinos e permitiu que eles a amordaçassem e a prendessem no banheiro. Assim, os dois executores seguiram de carro com a vítima até o bairro Soteco, em Viana, onde o executaram com dois tiros na cabeça” – detalhou Oliveira.

Depois de assassinarem Erly, os dois homens abandonaram o carro da vítima e seguiram a pé para as respectivas casas deles. O delegado ressaltou ainda que, após o crime, a esposa de Erly ainda pagou R$ 7 mil ao amante.

A mulher foi encaminhado à Penitenciária Feminina de Cariacica. Os demais envolvidos na ação criminosa já foram condenados e estão detidos em unidades prisionais.

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