Dessa quarta-feira (08) até sexta (10), o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), marca presença no Coffee of the Year 2023, na Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte, Minas Gerais. O evento tem como objetivo conectar e gerar oportunidades para toda a cadeia do café brasileiro e conta ainda com uma competição que reúne os melhores grãos nas categorias arábica e canéfora, e elege os grandes destaques do ano. Entre os 50 finalistas deste ano na categoria Arábica, 10 são do Espírito Santo. E, de 15 finalistas no Canephora/Conilon, 11 são do Espírito Santo.

O público da Semana Internacional do Café (SIC) participou de provas para selecionar os melhores cafés no concurso Coffee of the Year Brasil 2023. As provas realizadas durante os três dias de evento foram às cegas, ou seja, sem que se tenha qualquer informação sobre os cafés. Para classificar os finalistas do concurso foram selecionadas as 180 melhores amostras. Os melhores cafés brasileiros da safra nova serão conhecidos às 15h desta sexta-feira (10).

O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, comentou sobre a satisfação em ter os cafés capixabas entre os 50 finalistas do concurso de melhores cafés, sendo 10 na categoria Arábica e 11 na Canephora/Conilon. “Esse resultado mostra a força da cafeicultura capixaba, rica em sabores e aromas, fruto de processos sustentáveis de produção. O Espírito Santo é uma das principais origens de cafés no mundo e esse resultado abre portas para o mercado que cresce exponencialmente”, comentou Bergoli.

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O Espírito Santo é uma referência nacional e mundial na produção de café, sendo responsável por três a cada quatro sacas de Conilon produzidas no País. O Estado produz em quantidade e com qualidade, as duas espécies de café que são consumidas no mundo: Arábica e Conilon. No ano passado, a área do Conilon no Espírito Santo foi de 259,174 hectares, o que rendeu uma média de 47,7 sacas por hectare.

Para este ano, a previsão é de 261.921 hectares e 43,8 sacas por hectare, segundo dados levantados pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura. Ainda segundo o levantamento, a cafeicultura capixaba gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos, e está presente em mais de 75 mil das 108 mil propriedades agrícolas do Estado.

Durante o evento, o Espírito Santo foi um case de sucesso em relação à sustentabilidade da cafeicultura capixaba. Na ocasião, em um dos painéis apresentados em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (SENARES), o subsecretário de Aquicultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Sustentável, Michel Tesch, falou sobre o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura Capixaba e seus avanços.

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“O Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura Capixaba é referência no Brasil. O conceito baseado na sustentabilidade, tema que está incluso em todos os eixos de atuação do programa, tem como meta o aumento da produtividade, adequação sócio ambiental de propriedades rurais e ampliação dos cafés superiores capixabas”, ressaltou Tesch. Ele comentou ainda sobre as ações do programa, o aumento na produtividade, qualidade, sustentabilidade e reforçou que Espírito Santo sai na frente dos desafios do mercado internacional.

Cristiane de Oliveira Veronesi, Supervisora Geral do Programa de ATeG – Assistência técnica e gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (SENARES), lembrou que por meio de uma boa gestão é possível ter sustentabilidade e rentabilidade melhor nas atividades.

“Sustentabilidade não significa produzir menos e ganhar menos. Existe uma preocupação geral em manter o homem no campo, e para isso é importante desenvolver políticas públicas que garantam uma vida de qualidade no campo. O produtor precisa também conhecer sua propriedade, não só tecnicamente, mas precisa saber administrá-la, conhecer onde estão os maiores gastos, os custos, para ele poder tomar decisões corretas, para ter maior lucratividade, e com uma boa gestão, isso acontece”, pontou Cristiane.

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No estande da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), foram disponibilizadas informações sobre os cafés especiais de origem capixaba, com o foco principal nas Indicações Geográficas (IG): Montanha, Caparaó e Conilon. A Indicação Geográfica é uma marca territorial, pois reconhece uma localidade como a origem de um produto, com qualidade única e específica.

Além disso, o público pode degustar os deliciosos cafés das espécies arábica e conilon, cultivados nas três regiões capixabas, as IGs. O evento que segue até esta sexta-feira (10) e conta com palestras, cursos, workshops, competições, provas de café, pesquisas e degustações.

 

Coffee of the Year Brazil 2023 (COY)

O objetivo da premiação, criada em 2012, é promover e valorizar o trabalho dos melhores produtores de cafés de qualidade do país, ao mesmo tempo em que divulga, em escala global, o produto de
excelência e suas diversas origens brasileiras. A competição reúne os melhores grãos nas categorias arábica e canéfora, e elege os grandes destaques do ano em duas etapas. Depois de provados, os dez melhores cafés são degustados pelos visitantes, que votam em seus favoritos. Os vencedores são anunciados no último dia do evento.

Foto do destaque: Freepik

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