SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O empresário John Textor, 56, sócio do Crystal Palace (ING), está bem próximo de assumir o controle do Botafogo. Ele e o clube assinaram um contrato que garante prioridade ao norte-americano na compra da agremiação carioca.

No início da noite, o Botafogo confirmou a negociação por meio de uma nota e celebrou como um marco na história alvinegra. Segundo o texto, o clube deverá realizar os trâmites jurídicos e legais antes da formalização da parceria com a Eagle Holding, fundo americano liderado por John Textor.

“Um clube da nossa grandeza terá um parceiro de altíssimo nível para investir e criar as condições que nos possibilitem retomar o protagonismo no futebol brasileiro e mundial”, afirma o presidente do Botafogo, Durcesio Mello, em nota.

Dessa forma, o Botafogo deverá deixar o modelo associativo e passar a operar como SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

O negócio foi celebrado por Pedro Mesquita, head de investimentos da XP, em suas redes sociais. Mesquita foi quem intermediou a venda do Cruzeiro para Ronaldo Nazário.

“Gostaria de parabenizar o Botafogo pela assinatura de acordo com o grupo liderado pelo americano John Textor! Mais um clube que escolheu o caminho da profissionalização”, escreveu Mesquita em sua conta no Instagram.

Assim como o Cruzeiro, o Botafogo tem um passivo próximo de R$ 1 bilhão. A equipe alvinegra registrou um déficit de R$ 139 milhões em 2020, conforme o seu último balanço contábil publicado em abril deste ano.

Segundo o portal GE, Textor deverá fazer um empréstimo imediato para viabilizar a operação do clube no primeiro semestre. Porém, não há informação referente ao valor.

Textor, executivo no segmento de mídia, detém 18% das ações do Crystal Palace. Ele também já se interessou na aquisição da SAD (Sociedade Anônima de Desportos) do Benfica, em Portugal, mas não houve acordo.

Pelo Cruzeiro, o ex-jogador Ronaldo pagará R$ 400 milhões e terá o controle de 90% das ações da SAF. Desse montante, R$ 100 milhões serão utilizados para abater as dívidas mais urgentes, como a do transfer ban, aplicada pela Fifa e que impede o clube de inscrever reforços.

O modelo de clube-empresa foi criado a partir de um projeto de lei de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em agosto.

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CONFIRA A NOTA DO BOTAFOGO NA ÍNTEGRA:

O Botafogo informa o recebimento e a devolutiva de uma oferta não vinculante da Eagle Holding, fundo americano liderado por John Textor e com investimentos em clubes pelo mundo, visando a constituição de uma nova estrutura societária através de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Foi aceita a contraproposta apresentada pelo Clube e, como próximos passos, serão realizados os trâmites jurídicos e legais necessários antes da formalização da nova parceria.

O presidente Durcesio Mello celebrou o atual estágio das negociações, vibrando com o horizonte que o Botafogo terá pela frente.

“É com grande satisfação que anunciamos esse marco histórico no Botafogo. Um clube da nossa grandeza terá um parceiro de altíssimo nível para investir e criar as condições que nos possibilitem retomar o protagonismo no futebol brasileiro e mundial. Agora, iniciamos uma segunda etapa do processo, igualmente importante, antes da formalização da nova constituição jurídica. Agradeço a todos que se empenharam, de forma executiva e profissional, para esse momento. O torcedor alvinegro, que por anos esteve ao nosso lado mesmo em períodos de grandes dificuldades, está de parabéns pelo apoio incondicional e por acreditar no profissionalismo da gestão”, destacou o Durcesio.

“Foram nove meses de muito trabalho sério e profissional para chegar ao fim de 2021 com o Botafogo na Série A e agora com um investidor na SAF. Estou muito feliz por poder contribuir com o Glorioso. Feliz natal e saudações alvinegras”, pontuou o CEO do Botafogo, Jorge Braga.

Foto: Vitor Silva/Botafogo

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