Os hábitos de arrancar cabelo e de cutucar a pele podem ter origem em questões emocionais. É o que aponta a médica e psicóloga Thalita Novaes Simão, que tem pós-graduação em Psiquiatria e atende no centro médico Med Imagem. Em entrevista à Rede TC, ela explica que esses transtornos, denominados de tricotilomania e dermatotilexomania, têm tratamento, por medicamentos e/ou estratégias psicoterápicas.

A médica salienta que o hábito mais comum no transtorno de tricotilomania é de arrancar os cabelos do couro cabeludo, mas pode acontecer das sobrancelhas, dos cílios e em outros locais, como órgãos genitais. Conforme disse, a ação pode machucar, levar a lesões e cicatrizes, inclusive deixando as pessoas com áreas calvas.

Sobre a dermatotilexomania, Thalita frisa que o estímulo principal para a pessoa cutuca a pele é alguma irregularidade, como cravos, espinhas ou alguma casca de machucado. A pessoa cutuca repetidamente o local e muitas vezes pode infecionar.

A médica ressalta que componentes genéticos, socioculturais e desordem emocional podem propiciar os dois transtornos e que mais da metade dos pacientes tem outro tipo de transtorno, como de ansiedade, muitas vezes relacionados ao transtorno obsessivo compulsivo. Eles podem surgir, além de estímulo, com transe, por exemplo com a pessoa assistindo televisor começar os transtornos sem perceber.

Os transtornos podem iniciar na infância. Thalita ressalta que, quando isso acontece, tem um curso benigno que não perdura para a fase adulta. Mas quando o início é mais tarde, a tendência é agravar mais. “A gente percebe na prática clínica que as pessoas com esses transtornos têm estressores de vida”, reforçou.

A médica salienta que há tratamento e o direcionamento é de acordo com o contexto específico do paciente. O telefone de contato da Med Imagem é 3763-3277.

São Mateus–ES

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here