Alessandra Ferreira Marcelino, mãe de Ana Luísa Marcelino Ferreira da Silva, que morreu no dia 12 de janeiro de 2021 após ser atendida por um falso médico no Hospital Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, mais uma vez clama por justiça e cobra respostas.

Na manhã desta quinta-feira (12), data em que a morte da filha completa dois anos, Alessandra, familiares, amigos e integrantes do Coletivo Belas, estiveram defronte à 18ª Delegacia Regional de Polícia Civil em São Mateus em protesto cobrando respostas sobre o caso.

“Tenho acompanhado através do Ministério Público e da DHPP [Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa]. Venho aqui e todas as vezes ouço que o inquérito não foi concluído, que há diligencias em aberto, que é um caso complicado. Está sendo indiciado, mas ele [o falso médico] está em liberdade desde o dia 17 de dezembro de 2021 e o inquérito ainda não foi finalizado. Essa manifestação é para buscar uma resposta” – detalha Alessandra.

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“Espero que haja a conclusão do inquérito e que ele [o falso médico] vá a júri popular. Que seja julgado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, porque não tinha formação para ter atendido a minha filha. Ela veio a passar mal depois de uma medicação prescrita por ele e teve o azar de ter sido reanimada por ele, que não tinha conhecimento para fazer o atendimento adequado que a minha filha merecia ter e tinha o direito de ter. Então, a gente busca respostas e espera que haja justiça” – cobra.

Além da manifestação, Alessandra relata que foram afixadas mensagens com a foto da filha defronte ao Hospital Roberto Silvares. Um novo ofício, o terceiro em dois anos, também seria entregue à direção do Hospital.

“Fizemos um primeiro movimento que foi a vigília em frente ao Hospital Roberto Silvares, seis meses depois da partida dela [Ana Luísa]. Protocolamos um oficio pedindo respostas. Depois fizemos um movimento na Praia de Guriri quando completou um ano da morte dela e protocolamos um outro oficio. Como não houve resposta, hoje vamos protocolar o terceiro ofício pedindo respostas” – frisa.

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POLÍCIA CIVIL

Em resposta, a Polícia Civil informou que “o fato está sendo investigado por meio da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Mateus e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada”.

 

SESA

Também acionada pela Reportagem, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), respondeu que “a direção do Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares informa que abriu procedimento administrativo disciplinar para apurar os fatos”. E “esclarece que todas as informações levantadas pela unidade sobre o caso foram passadas para as polícias Civil e Federal”.

 

DEFESA

A Reportagem buscou contato com a defesa do falso médico, porém, nenhum advogado dele foi localizado. O espaço está disponível para que o acusado ou a defesa dele se manifeste.

 

Foto do destaque:

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