As vendas no varejo de material de construção registraram crescimento de 5% no mês de abril na comparação com março, e de 4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As informações são do tracking mensal da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), que ouviu 530 lojistas de todo o País entre os dias 23 e 30 de abril.

“No acumulado do ano, o setor apresenta alta de 2% e, nos últimos 12 meses, crescimento de 4%. No levantamento por regiões, o Centro-Oeste apresentou alta de 7%. Sul e Nordeste tiveram aumento nas vendas de 5% e 4%, respectivamente. Já no Norte o desempenho no mês foi estável. O Sudeste foi a região com o resultado mais positivo no mês: 10% de crescimento” – relata a assessoria da Anamaco, em mensagem à Rede TC.

O desempenho nos próximos meses, porém, preocupa o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, que prevê que o setor seja fortemente influenciado pelo regime de substituição tributária no Estado de São Paulo, que desde fevereiro estipulou alíquota única de 75% para cálculo do ICMS da maioria dos materiais de construção. “Cerca de 70% dos nossos produtos terão reajustes de preços em função do aumento de impostos. O cálculo do ICMS está muito acima do que vem sendo praticado pelo varejo. Essa mudança pode desacelerar nosso setor em um momento que deveria ser de retomada” – alerta Conz.

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Segundo ele, em março e abril já houve um aumento de preços ao consumidor paulista de 4% na maioria dos produtos. “Abril, que é um mês que tradicionalmente representa bom desempenho de vendas para o setor, foi prejudicado, pois a expectativa era muito positiva para o mês. O preço final dos produtos deve aumentar ainda mais 4% para o consumidor final com esses novos índices até o final de maio” – completa.

Conz afirma que a Anamaco tem buscado o diálogo com o Governo do Estado de São Paulo e com representantes da Secretaria da Fazenda. “Diversas reuniões vêm sendo realizadas pelas entidades setoriais desde o início do ano para mostrar que, salvo raras exceções, a margem de valor agregado (MVA) dos nossos produtos é bem inferior. Um IVA de 75% é irreal e impraticável” – afirma.

O levantamento da Anamaco ainda indicou que o otimismo com relação ao Governo Federal nos próximos 12 meses retraiu 8% no mês, e que 47% dos entrevistados pretendem realizar investimentos no período. Já a intenção de contratar novos funcionários em maio permaneceu estável no período.

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São Paulo

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