A expectativa dos novos proprietários da Alcana é colocar a indústria para funcionar a partir do final de 2021, ou até meados de 2022. Adquirida por R$ 12.920.000,00, serão necessários investimentos da ordem de R$ 40 milhões somente no parque industrial. Outros R$ 100 milhões devem ser investidos pelo agronegócio no entorno da indústria, no plantio da matéria-prima: a cana.

Nerzy Júnior: “É um desafio muito grande. É uma empresa que está a 8 quilômetros do Espírito Santo e todos serão beneficiados”. Foto: TC Digital

As informações são de Nerzy Dalla Bernardina Júnior, um dos proprietários da Alcon que adquiriu a Alcana na semana passada num leilão judicial da massa falida do Grupo Infinity. Em entrevista à Rede TC de Comunicações, ele disse que não é objetivo da empresa investir no plantio de cana, o que ficará a cargo de produtores rurais de Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia que queiram assinar contrato com a indústria.

Segundo ele, o primeiro passo, neste momento, é tomar posse da indústria. Em seguida, captar os produtores rurais interessados em fornecer a matéria-prima. Nerzy Júnior afirmou que o prazo necessário para revitalizar o parque industrial, colocar as máquinas em condições de moer, é de seis meses. No entanto, o tempo para formar os canaviais pode chegar a até dois anos.

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CAPACIDADE

O industrial afirma que atualmente a Alcana está montada para esmagar 1,5 milhão de toneladas de cana por safra. Com esse porte, a indústria teria como produzir diariamente 10 mil sacos de açúcar e 600 mil litros de álcool.

O objetivo é mais que dobrar essa capacidade, podendo chegar a até 5 milhões de toneladas de cana por safra, já que, conforme avalia Júnior, a indústria está localizada numa região “muito promissora”.

Além disso, outro objetivo é a produção de energia termoelétrica, com capacidade para gerar até 30 megawatts por hora, o que nas contas dele daria para abastecer os municípios do entorno como Nanuque e Serra dos Aimorés, em Minas Gerais, além de Pedro Canário, Mucurici e Ponto Belo, no Espírito Santo.

Geração de empregos e telefonema do governador Renato Casagrande

Conforme explicou Nerzy Dalla Bernardina Júnior, quando entrar em operação, a Alcana deve promover a geração de 2.500 empregos diretos, tanto na indústria quanto no campo, no plantio da cana-de-açúcar. Ele explicou que a empresa demanda uma área de plantio em torno de 20.000 a 25.000 hectares.

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Nerzy Júnior disse ainda que recebeu na quarta-feira (22) um telefonema do governador Renato Casagrande parabenizando pelo negócio, demonstrando a importância que a reativação da Alcana representa para a região. “É um desafio muito grande. É uma empresa que está a 8 quilômetros do Espírito Santo e todos serão beneficiados” – enfatizou.

Ele avalia que, apesar da Alcana estar localizada no município de Nanuque com potencial de ajudar muito aquela região de Minas Gerais, acredita que o benefício maior será no Espírito Santo, onde deverão ter os maiores plantios de cana, com geração de empregos em todo o extremo norte capixaba.

1 COMENTÁRIO

  1. Que bom ,pois uma empresa desse porte estando em movimento é essencial para que muitas famílias, tenham um trabalho digno outra vez .sim fico muito feliz por isso

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