O clima é de apreensão entre os gestores de academias de ginástica, cuja suspensão de funcionamento foi prorrogada até o dia 15 pelo governador Renato Casagrande. “Precisamos de socorro”, sintetiza Daiane Nunes, que administra a Academia Aquários do Bairro Ideal.
Ela integra uma comissão com outros gestores de academias e estúdios de atividades físicas, criada para discutir coletivamente as dificuldades financeiras do segmento diante das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus.
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“A gente tem mais de 40 dias fechados, não está sendo fácil”, disse Daiane. A gestora detalha que 50 academias no Estado já encerraram as atividades, e teme que o mesmo ocorra em São Mateus, onde aponta ter mais de 20 estabelecimentos.
Daiane ressalta que as academias ainda não conseguiram qualquer ajuda financeira. Ela afirma que a linha de crédito operada pelo Banestes para folha salarial não contempla a contento as academias, já que a maioria dos profissionais atua como prestador de serviço, como microempreendedor individual. Conforme disse, é preciso liberdade para que as academias gerem recursos de crédito de acordo com as necessidades de cada estabelecimento.
Conforme salientou, os profissionais de Educação Física também são afetados, já que a maioria trabalha como microempreendedor individual, recebendo por hora. Daiane ressaltou que alguns conseguiram o auxílio emergencial de R$ 600. Ela acrescenta que os estagiários que utilizam a remuneração das academias para pagarem mensalidade de faculdade também estão sofrendo.
Daiane disse que a comissão de gestores de academias de São Mateus já realizou uma reunião com a Prefeitura. Entretanto pondera que o Município segue as determinações de decretos do Governo do Estado, para suspender ou reabrir os estabelecimentos de atividades físicas.
A comissão é formada por representantes de academias de ginástica e de estúdios de pilates, funcional e atividades de cross training, entre outras.
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