Cerca de 30 mulheres se reuniram no início da tarde desta quarta-feira (3) em frente ao Fórum Estadual Desembargador Santos Neves para uma manifestação silenciosa. O objetivo foi marcar a data em que ocorre a primeira audiência do caso do homem preso pela Polícia Federal no dia 18 de agosto de 2021 em operação de combate ao uso de diploma falso. O acusado permaneceu detido por 4 meses e foi liberado.

Em entrevista na tarde desta quarta, Alessandra Ferreira Marcelino disse que a audiência foi para ouvir testemunhas e profissionais que trabalhavam no Hospital Roberto Silvares em 12 de janeiro de 2021, data em que a filha dela, Ana Luísa Ferreira Marcelino da Silva, morreu após ser atendida pelo homem na unidade hospitalar.

O objetivo da manifestação silenciosa no Fórum Desembargador Santos Neves na tarde de ontem foi para marcar a data da primeira audiência de julgamento do falso médico acusado da morte de Ana Luísa em 2021. -Foto: Claudio Caterinque/TC Digital

“Acho que já é um começo de uma vitória. A gente vê como se fossem frutos semeados há mais de três anos, desde o primeiro movimento na frente do Hospital Roberto Silvares logo após a prisão dele, onde foi descoberto que era é um falso médico. Minha filha foi vítima de um crime. Espero que ele vá a júri popular e que responda por crime de homicídio doloso. E que ele seja condenado” – disse Alessandra, que é professora e atua na rede municipal de São Mateus.

Além das amigas mais próximas, também participaram da manifestação mulheres de um coletivo chamado de Justiça por Ana Luísa.

Alessandra disse que, durante a audiência, o réu prestou depoimento de forma online. “Eu não consegui dar o meu depoimento com ele na sala [de forma online]. Não sei o que ele disse e nem o que as testemunhas falaram. Eu não tive condições de ficar na sala” – comentou.

 

DENÚNCIA

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo aponta que, no âmbito criminal, ofereceu denúncia e adotou outras providências cabíveis em face da pessoa que, segundo o entendimento da Promotoria, por meio de falsificações, “exerceu ilegalmente a medicina que ocasionou a morte da vítima”.

Segundo o MPES, na esfera cível, o Ministério Público ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o falso médico. Antes de chagar ao MPES, a Polícia Civil havia concluiu um inquérito indiciando o homem por crime de homicídio.

 

ANA LUÍSA

Ana Luísa tinha 10 anos quando faleceu, no dia 12 de janeiro de 2021, após ter sido atendida pelo homem que, segundo a Promotoria de Justiça de São Mateus, exercia a função de maneira ilegal no Hospital Roberto Silvares.

 

DEFESA

Como o processo segue em segredo de justiça, a Reportagem não obteve outras informações sobre o caso. Desta forma, nenhum advogado dele foi localizado até o momento. O espaço está disponível para que o acusado ou a defesa dele se manifeste.

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