A Spinnova, empresa finlandesa pioneira em têxteis sustentáveis, e Suzano, produtora de celulose, abriram oficialmente a primeira unidade, em escala comercial, produtora da fibra criada a partir da árvore. Operada pela Woodspin –joint venture entre Spinnova e Suzano– a planta irá produzir 1.000 toneladas por ano de fibra têxtil sustentável, reciclável e totalmente biodegradável a partir da árvore cultivada de forma responsável. Essa unidade marca as primeiras operações industriais da Suzano fora do Brasil.

A Woodspin anunciou também que tem planos de abrir uma segunda unidade para aumentar ainda mais a produção. O objetivo é desenvolver uma capacidade de produção anual de um milhão de toneladas da fibra têxtil de madeira Spinnova até 2033.

 

Capaz de produzir fibra têxtil com emissão zero, a moderna unidade também tem uma abordagem abrangente em relação à circularidade e sustentabilidade. Como o único subproduto da produção de Spinnova é o calor, a unidade não precisa de uma licença ambiental para operar. Utilizando um sistema de recuperação de energia avançado, o excesso de calor é reciclado para o sistema de aquecimento distrital, com estimativa de economizar 2,4kg CO2e por quilo de fibra produzida. Combinada com um processo de produção que não agride o meio ambiente, a unidade pioneira de grande escala da Woodspin economiza mais emissões do que gera.

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“A indústria global têxtil e da moda precisa de materiais sustentáveis e recicláveis alta qualidade. Na Woodspin, estamos trazendo para o mercado a fibra têxtil biodegradável inovadora da Spinnova, feita com o abundante fornecimento, pela Suzano, de celulose de eucalipto de origem renovável”, afirma Christian Orglmeister, Diretor Executivo de Novos Negócios da Suzano.

“Ela tem um impacto ambiental consideravelmente baixo que as fibras alternativas, como o algodão, oferecendo uma das poucas soluções genuinamente escaláveis para apoiar a produção sustentável. Estamos animados para aumentar a produção e criar uma mudança positiva”, complementa.

“O processo de produção de fibra patenteada da Spinnova não utiliza qualquer produto químico danoso ou dissolvente, nem gera resíduos ou microplásticos. Sua pegada de carbono é 74% menor durante o ciclo de vida e usa 99,5% menos água em comparação com a produção de algodão convencional. O resultado é uma fibra têxtil natural, parecida com o algodão, que atende a todas as rigorosas exigências ambientais e de desempenho das marcas e dos consumidores em geral –e, por meio de instalações como essa, agora pode ser produzida em escala” – explica Juha Salmela, CTO e Co-Fundador da Spinnova.

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A fibra Spinnova feita nas instalações da Woodspin é produzida a partir da celulose de árvores de eucaliptos certificadas e cultivadas de maneira sustentável. Toda a celulose é originária da Suzano. A fibra já foi utilizada por marcas globais da moda.

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