A tecnologia evoluiu e os smartphones oportunizam diversas funções, muito mais que efetuar ou receber ligações. Contudo, ao mesmo tempo, tornaram-se alvos dos bandidos, principalmente em vias públicas. Após serem vítimas de ladrões e terem o investimento no produto transformado em prejuízo, as pessoas começam a retornar aos aparelhos celulares mais simples e baratos. Pelo menos é o que aponta, duas entrevistadas pela Rede TC de Comunicações.
Uma mulher de 27 anos, que preferiu não ser identificada, disse que foi assaltada duas vezes, uma à noite na frente de casa e outra na lateral da BR-101. O primeiro celular custou mais de R$ 600 e o segundo mais de R$ 300. Para evitar mais um prejuízo nestas proporções, ela optou em comprar o aparelho mais barato que encontrou, de R$79. Conforme disse, outras pessoas que conhece têm feito o mesmo.
Outra mulher, de 40 anos, também disse que optou por um celular mais simples, sem muita tecnologia e barato. O motivo? A filha de 17 anos foi assaltada três vezes, duas na frente da loja que trabalha no Centro e outra à noite no Bairro Sernamby, quando retornava da escola. No último smartphone roubado da filha, em novembro, o prejuízo foi R$ 1.200. Assim, as duas utilizam agora aparelhos simples.
Esta mulher de 40 anos argumenta que os bandidos não gostam de roubar celular barato, sendo que às vezes até hostilizam as vítimas dos assaltos que estão com aparelho simples. Mas, também, ela tomou outra medida, que já foi testada. Conforme disse, saiu uma noite do trabalho com outras três pessoas, quando no Centro da Cidade, na Rua Manoel Andrade, o grupo foi abordado. O assaltante, que afirmou estar armado, não conseguiu ver o telefone porque a mulher escondeu dentro da bota.
Bandidos surpreendem
Quando menos a pessoa espera, surge o bandido e rouba o aparelho celular. O fator surpresa é comum nestes tipos de crime que acontecem com frequência, sobretudo nas vias públicas. Um exemplo aconteceu domingo, pela manhã, na Avenida Governador Eurico Vieira de Resende, em Guriri. De acordo com relatório policial, um homem de 68 anos disse aos militares que estava passando pela via, quando surgiu um bandido de bicicleta e roubou o celular.
Comandante orienta a transitar com celular no bolso
Comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Giuliano Menegatti, relatou que realmente o aparelho de telefone celular é um produto visado pelos bandidos, com exceção dos modelos mais antigos. Ele orienta as pessoas a não transitarem pelas ruas manuseando o aparelho e colocá-lo no bolso, para dificultar a ação do ladrão.
“Tem gente que orienta a pessoa a andar com celular mais velho e o mais novo também, para que se for assaltada, entregar o celular mais antigo. Mas isso não funciona muito, além de ter o risco da pessoa que estar assaltando perceber que a vítima está tentando ludibriar” – ressalta.
O comandante frisa que a dica mais segura é mesmo andar com o celular no bolso. “A partir do momento que fica manuseando, deixa de prestar atenção ao redor e mostra para quem quer cometer o crime, que você estar desatento e fica mais fácil para ele pegar o equipamento”, salienta.
O tenente-coronel ressalta que a Polícia Militar continua o trabalho ostensivo nas ruas e destacou que teve redução de registo de todos os tipos de roubos na área de abrangência do 13º Batalhão e em comparação do primeiro semestre de 2018 com o primeiro semestre de 2017.