Como fazem todos os anos, as baleias Jubartes estão de volta às águas brasileiras para sua temporada de reprodução. E, apesar das restrições sanitárias causadas pela pandemia de coronavírus, que são essenciais para salvar vidas, os pesquisadores do Projeto Baleia Jubarte voltaram esta semana a realizar os cruzeiros de monitoramento da espécie, dando início à 32ª temporada contínua de pesquisa da espécie no País.

 

 

Nesta semana, 22 animais foram registrados no litoral capixaba. De acordo com o coordenador de comunicação e administrador da base do Projeto Baleia Jubarte na Praia do Forte, na Bahia, Enrico Marcovaldi, é esperada uma presença forte das Jubartes novamente este ano. Ele afirma que os mamíferos foram avistados em local muito afastado da costa e em comportamento de navegação, provavelmente rumo aos Abrolhos.

Conforme a assessoria do Projeto Baleia Jubarte, o primeiro cruzeiro de pesquisa feito este ano no Banco dos Abrolhos, seguindo à risca o protocolo de embarque visando minimizar os riscos de contágio. A equipe foi reduzida para três pesquisadores, com o uso de máscaras e álcool gel a bordo, segregação de funções e equipamentos, e preparo individual de alimentação.

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Segundo o coordenador geral do Projeto Baleia Jubarte, Eduardo Camargo, “os cruzeiros precisam ser realizados mesmo em meio à pandemia, para que não percamos a série de dados que coletamos há mais de três décadas e que são fundamentais para informar as ações de conservação da espécie”.

Para tanto, ressalta Camargo, “estamos aplicando e aprimorando todos os protocolos de segurança para evitar contágio, os quais, no futuro breve, também poderão ser úteis para a retomada do turismo de observação de baleias no Sudeste e Nordeste”.

Desta forma, a pesquisa deste ano já rendeu informações importantes, segundo o coordenador. “Na região dos recifes de Popa Verde, na área sul do Banco dos Abrolhos, foram registrados 14 grupos de jubartes, incluindo um grupo competitivo (de acasalamento). Nove baleias foram foto-identificadas, seis tiveram seu tamanho determinado através de fotogrametria com drone, e uma biópsia para análise genética foi realizada” – relata.

Caravelas (BA)

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