sexta-feira, julho 11, 2025
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Uma década de estrada

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Por Luiz Humberto Monteiro Pereira
AutoMotrix

A DAF anunciou sua intenção de vir para o Brasil em 2011 e, em outubro de 2013, a fábrica da marca holandesa em Ponta Grossa, no Paraná, ficou pronta. No entanto, de lá para cá, as vendas de caminhões no mercado brasileiro entraram em retração e ainda estão em patamares inferiores aos de 2011. Mas a DAF é uma das empresas que não têm do que reclamar. “De 2018 a 2021, o volume de emplacamento da DAF cresceu 139%, passando de 2.343 unidades para 5.600 em 2021. Em 2022, a DAF registrou a marca de 6.793 licenciamentos, sendo o melhor ano da marca no país. No ano passado, apresentamos a nova linha 2023, formada pelos modelos XF, CF e CF Off-Road, equipados com os motores Paccar MX-13, MX-11 e PX-7. Considerando somente o mercado de pesados, a DAF conquistou 10% de participação, com 6.500 unidades licenciadas em um mercado de 65 mil veículos”, contabiliza o paulista Luis Gambim, de 53 anos, diretor Comercial da DAF Caminhões Brasil, onde responde pelas áreas de vendas, desenvolvimento de concessionária, pós-venda, comercial e comunicação e marketing desde 2015. Com 32 anos de experiência no segmento de caminhões, Gambin é bacharel em Matemática pela Universidade São José do Rio Preto e formado em Ciências Contábeis. O executivo tem ainda pós-graduação pela Dom Cabral em Gestão Comercial e MBA pela ESIC Business & Marketing School, da Espanha, em Neuroestratégia e Pensamento Transversal, com especialização em Global Management & Leadership.

 

P) A DAF está completando uma década no Brasil, atuando no segmento de pesados e, mais recentemente, no de semipesados. Há perspectiva de atuar em outros segmentos de mercado?

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R) Só dá para confirmar que estamos sempre atentos às demandas do mercado brasileiro. Em 2022, a DAF estreou no segmento dos semipesados. Agora, a marca está preparada para solucionar as operações de nossos clientes com uma gama de produtos ainda mais completa, que começa com os modelos CF de 260, 290 e 310 cavalos, equipados com o eficiente motor Paccar PX-7. Na sequência, vieram os modelos CF de 340, 370, 410 e 450 cavalos, já equipados com o novo propulsor Paccar MX-11. Completamos o nosso portfólio de soluções ao mercado brasileiro com os produtos equipados com o mais robusto dos nossos motores, o MX-13, que move o CF Off-Road e a linha XF com os Paccar de 480 e 530 cavalos.

 

P) O agronegócio tem sido a “salvação da lavoura” para o mercado brasileiro de caminhões, puxando fortemente as vendas. Como está o desempenho da DAF no setor?

R) O XF é o melhor caminhão para o agronegócio em virtude de seus atributos de robustez, baixo custo operacional, fácil manutenção e maior capacidade de carga, sendo perfeito para o escoamento de produção agrícola. Porém, temos a solução ideal para vários momentos dessa cadeia, como o CF Off-Road, que pode atuar na lavoura de cana ou no transporte sustentável de madeira, por exemplo. As versões rígidas do CF de 260, 290 e 310 cavalos podem resolver a vida de quem atua na distribuição de produtos do agro com um caminhão eficiente, econômico, robusto e seguro. Se trata da melhor solução se considerarmos os valores de responsabilidade social e sustentabilidade, pois o Brasil precisa transportar os seus bens perecíveis de forma mais segura.

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P) Na indústria de caminhões, um assunto em alta é a eletrificação e o uso de combustíveis alternativos, como o biodiesel e o gás. Em novembro do ano passado, a DAF mostrou um modelo elétrico na Fenatran, que atraiu muita curiosidade. Como a empresa avalia as possibilidades de redução das emissões de poluentes das frotas de caminhões no Brasil?

R) A DAF abriu a discussão sobre eletromobilidade da marca no Brasil ao apresentar na Fenatran 2022 o caminhão LF Elétrico, que é produzido na Holanda e já está consolidado no mercado europeu. Muita gente se interessou em conhecer esse caminhão tecnicamente e já estamos prevendo suas aplicações locais no futuro. O Brasil ainda precisa definir a sua agenda em eletromobilidade, considerando o uso racional e sustentável de seus recursos para atender à demanda energética do futuro. Isso inclui a geração de energia limpa, um planejamento para a implantação e expansão da rede de distribuição de recarga pelo país, redução dos custos de produção, entre outros desafios que serão superados ao longo dos próximos anos. Seguramente, o LF Electric será uma das soluções em eletromobilidade para o mercado brasileiro, assim como outros modelos elétricos que serão lançados no momento mais oportuno para os nossos clientes e parceiros. A DAF está preparada para o novo mundo e fará parte da transformação da mobilidade em nosso país.

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P) Como está a rede de concessionárias DAF no mercado nacional?

R) Terminamos o ano de 2022 com 54 pontos de vendas, entre concessionárias DAF Caminhões Brasil e lojas TRP. A Rede de Concessionárias DAF está presente em todo o país, acompanhando o crescimento constante da frota circulante da marca. São 16 grupos de concessionárias DAF totalmente alinhados à estratégia de expansão da marca, que alcançam todos os Estados. Em 2023, o plano de expansão deverá incluir entre seis e dez novos pontos de atendimento e a ampliação de algumas concessionárias para novas instalações, seguindo o mais moderno padrão da marca, a exemplo da DAF Viana, de Vitória (ES), da DAF Caramori, de Rondonópolis (MT), e da Somafertil, de Uberlândia (MG). Em 2022, a fábrica de Ponta Grossa também passou a exportar parte de sua produção para o Chile e a Colômbia.

 

P) Com a entrada em cena dos modelos Euro 6, quais são as perspectivas da DAF para 2023?

R) Prevemos um incremento de 15% a 20% na produção, sendo dois terços para o mercado doméstico e o restante para exportação. Um desempenho que será impulsionado pela nova geração Euro 6, que tornam as linhas CF e XF até 8% mais eficientes. Desde o início da produção na nossa fábrica de Ponta Grossa, em 2013, já colocamos nas estradas brasileiras cerca de 24 mil caminhões. Em apenas dois anos, comercializamos o mesmo volume da Nova Linha DAF registrado pelos antecessores, o XF105 e o CF85, em sete anos.

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