Por

Claudio Caterinque

Repórter

Ao defender a ampla vacinação da população contra a covid-19, o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes disse que teorias conspiratórias estão fragilizando a confiança nas vacinas. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (5) durante pronunciamento enquanto dava detalhes sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos no Espírito Santo.

Segundo ele, a capacidade de adesão para vacinação das crianças “foi contaminado com polêmicas desnecessárias, consultas públicas inoportunas, com um processo de institucionalização do debate, não de opiniões técnicas, não de avaliações sobre os métodos científicos, mas de opiniões contaminadas pelo debate ideológico, por teorias conspiratórias, por paranoias de grupos de extrema direita que vêm fragilizando a confiança da população nas vacinas”.

O secretário frisou que a vacinação das crianças deve começar na segunda quinzena de janeiro. No entanto, afirmou que aguarda a definição do Ministério da Saúde sobre a quantidade de doses encaminhadas ao Estado para preparar o Espírito Santo para ofertar as vacinas por livre demanda ou por agendamento. “Essa definição depende da quantidade de doses”, reiterou.

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Nésio Fernandes lembrou ainda que participou na terça-feira de uma audiência pública na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) representando o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde. Ele disse que reiterou no encontro “a posição hegemônica dos secretários estaduais da saúde” de que não será necessária apresentação de prescrição médica para vacinar crianças.

“Reafirmo à população capixaba que a vacina da Pfizer para crianças não é uma vacina experimental. É uma vacina que passou pelas fases um, dois e três, que confirmaram a sua segurança, a sua eficácia, e ela é extremamente segura” – garantiu.

 

CORONAVAC

Nésio Fernandes assegurou também que aguarda com ansiedade que a Anvisa possa reconhecer os dados de segurança e eficácia apresentados pelo Butantan e permitir o uso da Coronavac para acelerar a vacinação das crianças. Segundo ele, ter dois imunizantes autorizados dará mais autonomia e capacidade de adesão da população para a vacinação das crianças.

“Se tivéssemos autorização para vacinar com a Coronavac desde setembro do ano passado, estaríamos numa situação muito mais confortável para enfrentar a ômicron” – destacou, lembrando que outros países já avançaram na vacinação de crianças com idade a partir dos 3 anos.

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CARNAVAL

Durante o pronunciamento, Nésio Fernandes afirmou que a Secretaria da Saúde estabelecerá uma agenda de avaliação de risco com os municípios “no que diz respeito ao cenário para o mês de fevereiro e o possível cancelamento do Carnaval”. Ele disse que está discutindo medidas distintas para o Carnaval do Sambão do Povo e as festividades de rua.

 

FIM DE ANO

O secretário ainda classificou as interações nas festas de fim de ano que ocorreram em todo o Brasil como “inadequadas”, o que, segundo ele, irá determinar uma rápida virada da predominância da variante delta para a ômicron no País.

Segundo o secretário, o Estado registrou um aumento da média móvel de mortes em 14 dias. Ele afirmou que em 20 de dezembro, essa média estava em 2,8 óbitos por dia e que agora está em 3,4. “Não é aceitável. Não podemos aceitar que o Estado volte a ter dois dígitos de mortes diárias” – frisou.

 

TESTES

Nésio Fernandes ainda demonstrou preocupação com o que considerou como “redução da percepção de risco” da população em relação à pandemia do novo coronavírus. De acordo com ele, durante os festejos de fim de ano, houve uma baixa procura por testes. Por outro lado, foi percebido um aumento de 30% na quantidade de testes positivos.

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Ele afirmou que o Estado distribuiu nesta semana 400 mil testes para os municípios, que o Espírito Santo possui ampla oferta e que os testes estão sendo aplicados por livre demanda. “Diante de qualquer sintoma, a primeira medida é o isolamento, usar máscaras e procurar a testagem”.

 

Foto do destaque: Divulgação

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