A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é a inovação tecnológica mais significativa da neuropsiquiatria mundial nos últimos 50 anos, podendo dispensar remédios para tratar depressão e outras doenças cerebrais. É o que destaca o médico psiquiatra Rodrigo Novaes de Amorim, diretor do Instituto de Psiquiatria e Neuroestimulação Norte Capixaba (INP), localizado no Centro Médico Med Imagem.

Foto: TC Digital

O psiquiatra reforça que a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) consiste na aplicação de pulsos magnéticos, semelhantes aos de um aparelho de ressonância magnética, em regiões doentes do cérebro. “Essas ondas magnéticas modulam os neurotransmissores, como serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato, responsáveis por propagar os estímulos do cérebro e manter o bem-estar”, sustenta.

O Conselho Federal de Medicina regulamenta o uso da EMT em situações de depressão unipolar, depressão bipolar e esquizofrenia (nas alucinações auditivas). Rodrigo acrescenta que a inovação é utilizada com sucesso também em casos de ansiedade generalizada, síndrome do pânico, dor crônica, insônia, zumbido e transtornos alimentares. O psiquiatra salienta que o tratamento é personalizado, com o número de sessões definido conforme cada paciente. “Em geral, são necessárias de 20 a 30 sessões”, ressalta.

Leia também:   Saúde alerta sobre uso indiscriminado de medicamentos

Não é obrigatório suspender os medicamentos. Entretanto Rodrigo aponta que podem ser reduzidos ou até retirados, se houver indicação médica. O psiquiatra reforça que a aplicação é segura e não invasiva, sem necessidade de anestesia e sem causar efeitos colaterais. “É importante dizer que a eficácia da estimulação magnética está relacionada à indicação correta, diagnóstico, gravidade, cronicidade, refratariedade de cada caso e número adequado de sessões. A taxa de eficácia gira em torno de 50% a 70%” – enfatizou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here