O reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Reinaldo Centoducatte, quer a sociedade mobilizada para convencer o Governo Federal a voltar atrás na decisão de cortar 30% dos recursos de custeio das instituições federais de ensino. A declaração foi dada em entrevista à Rede TC, durante a solenidade de comemoração pelos 65 anos da Ufes, terça-feira (7) à noite, no auditório central do Ceunes. A cerimônia foi marcada por protestos contra o arrocho financeiro imposto pelo Ministério da Educação (MEC).

A solenidade comemorativa dos 65 anos da Ufes foi realizada terça à noite, no Ceunes, em meio a protestos contra o arrocho financeiro imposto pelo Ministério da Educação. Foto: Ademilson Viana/TC Digital
A solenidade foi aberta com apresentações culturais e teve a presença também da vice-governadora Jaqueline Moraes, do diretor do Ceunes Luiz Antônio Fávero Filho e da vice-diretora Ana Beatriz Neves Brito. No momento do Hino Nacional, estudantes, liderados pelo Diretório Acadêmico, entraram em silêncio, com cartazes e mordaças, em protesto pelos cortes anunciados pelo Governo Federal. A cerimônia teve palestra com o professor emérito da Universidade Federal de Goiás Fernando Peregrini e apresentação do selo e do carimbo especial pelos 65 anos da Ufes, pela gerente da Agência Central dos Correios, Sanderléia Lima de Oliveira.

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Os estudantes protestaram com cartazes e mordaças. Foto: Ademilson Viana/TC Digital
O reitor Reinaldo Centoducatte avalia que, caso se concretizem, os cortes serão avassaladores, impedindo que as universidades cumpram contratos que assinaram baseados no orçamento de 2019 e aprovado em 2018. O diretor do Ceunes, Luiz Antonio Fávero Filho, foi firme: “Estão tentando matar a Universidade, mas a Universidade está viva”.

A solenidade comemorativa dos 65 anos da Ufes foi realizada terça à noite, no Ceunes, em meio a protestos contra o arrocho financeiro imposto pelo Ministério da Educação. Foto: Ademilson Viana/TC Digital
Vice-presidente do Diretório Acadêmico, a estudante Marcelly Campos disse que as universidades estão em processo de sucateamento desde 2016 e relatou outras reivindicações, como redução do valor cobrado no Restaurante Universitário (RU), transporte gratuito de qualidade e moradia estudantil. A presidente do DA, Lorena Barros de Mattos, reforçou que o movimento estudantil está mobilizado contra os cortes e destacou, sexta-feira, às 8h, estará na praça da rodoviária, para dialogar com a população.

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