Com a recriação do Ministério da Cultura, artistas de vários segmentos celebram com alegria a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comemoram a certeza da representatividade. Margareth Menezes, assumiu a pasta.

A atriz e poetisa capixaba Elisa Lucinda diz ser a realização de uma utopia. “Nós saímos de um pesadelo tão grande, onde as coisas mais dignas e naturais como pesquisa, vacina, ciência, saúde, educação e cultura viraram página passada, viraram coisas sem valor. Então, teve uma hora que era uma utopia que a gente pudesse sair desse atoleiro”.

Para ela, o maior medo era que o cenário continuasse. “Para mim, o ressurgimento do Ministério da Cultura, considerando que a cultura é a subjetividade de uma nação, é a inauguração de um novo País” – vibra.

Elisa Lucinda, a caminho de Brasília para a posse de Lula, encontrou no aeroporto a cantora Zélia Duncan.
Foto: Divulgação

“Quando uma criança é criada sem Ministério da Cultura, cresce achando que cultura não serve para nada. Ele cresce sem saber o que ele estuda, o que ele lê, o que ele vê, é tudo cultura. Ele cresce sem valorizar o nosso ofício que tanto nutri a alma humana. Sem cultura ninguém vive. Sem música, um livro, a pintura, fotografia, a pessoa morre. Então, estou feliz da vida. Já raiou a liberdade. Fui às posses feliz da minha vida, muito feliz” – complementa.

 

REPRESENTATIVIDADE

O artista mateense Thiago Mosaico ressalta que o Ministério da Cultura é a certeza da classe ter representatividade. “Quando o governo tirou o status de Ministério da Cultura para secretaria especial da Cultura, perdemos representatividade. Se não temos um ministério, com políticas públicas, quem vai nos representar? Recebo essa recriação com muita alegria” – comemora.

Ele lembra que a ministra Margareth Menezes anunciou recentemente um investimento de R$ 10 bilhões de reais para o ano de 2023 e a garantia da retomada das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2. “É um recorde. Nunca houve um investimento tão alto em cultura no Brasil” – frisa.

 

ACESSO

Para Oscar Ferreira, artista mateense e ex-secretário de Cultura em Nova Venécia, o Ministério da Cultura nunca deveria ter sido extinto. “Isso prejudicou demais os pactos do Plano Nacional de Cultura que foram feitos e houve uma paradeira. Foi muito prejudicial. Agora, com esse retorno, que é onde a gente vê uma ampliação das políticas públicas de cultura, é super importante e necessário porque todo processo é feito através de editais de concorrência pública” – enfatiza.

O dramaturgo mateense Oscar Ferreira considera que o Ministério da Cultura nunca deveria ter sido extinto.
Foto: Divulgação

Ele reforça que é preciso os artistas se interessarem pelos programas para ter acesso. “E o que o Ministério da Cultura faz é isso: promover o acesso nacional aos artistas, aos grupos, aos fazedores de cultura no Brasil” – detalha.

 

“Um País não pode existir sem suas manifestações culturais”

 

Na visão da secretária de Cultura em São Mateus, Domingas dos Santos Dealdina, o Brasil perdeu lugar de destaque mundial pela diversidade cultural com o fim do Ministério da Cultura. “Recebo a recriação do Ministério com alegria, ânimo e com a certeza que muito precisará ser feito para recolocar o Brasil onde sempre esteve, em um lugar de destaque cultural” – reforça.

“Um País não pode existir sem suas manifestações culturais e isso ficou claro nesse período em que a cultura sofreu esse desmonte. O Ministério da Cultura é importante porque a nossa cultura é a nossa identidade, é o que temos de mais característico do nosso povo” – complementa Domingas.

A secretária de Cultura de São Mateus, Domingas Dealdina afirma que Margareth Menezes no Ministério da Cultura tem a representatividade da mulher negra no novo governo.
Foto: Divulgação

Ela lembra ainda a representatividade para as mulheres, em especial as negras, através da ministra Margareth Menezes, assumindo um cargo no primeiro escalão. “Uma referência muito importante para mim, sendo também uma mulher negra e quilombola na pasta da Cultura municipal” – finaliza.

Foto do destaque: Antônio Cruz-ABr/Divulgação

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